A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) atualizou os números da varíola dos macacos na terça-feira (11). Em todo o Paraná, foram registrados 16 novos casos, sendo um em Ibiporã, na Região Metropolitana de Londrina. É o primeiro registro no município que possui pouco mais de 55 mil habitantes.

As outras cidades em que houve novos registros são Curitiba (9), Campo Largo (2), Lapa (1), Piraquara (1), São José dos Pinhais (1) e Cascavel (1). Até o momento, o Estado soma 243 diagnósticos positivos da doença e outros 109 são considerados suspeitos. Dentre os casos confirmados, 228 são homens e 15 são mulheres, e a faixa etária da maioria dos casos confirmados é dos 20 aos 39 anos.

Na 17ª RS (Regional de Saúde), que abrange Londrina e Região Metropolitana, já são 11 casos confirmados da doença, sendo 10 em Londrina e uma em Ibiporã, que ainda investiga outros quatro casos suspeitos. Curitiba, na 2ª RS, soma o maior número de confirmados, com 172 registros.

A varíola dos macacos é uma doença viral e a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

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A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluidos das lesões do paciente infectado -isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente. A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem lesões na pele causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios.

“Estamos monitorando constantemente a doença, juntamente com as equipes municipais, e orientando a população para que aqueles que apresentem sintomas procurem uma unidade de saúde mais próxima para solicitar o exame e, se necessário, iniciar o tratamento o mais breve possível”, afirmou o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto.

MORTE EM SP

Até o momento, o Paraná não registrou morte pela varíola dos macacos. Já o estado de São Paulo confirmou o primeiro óbito nesta quarta-feira (12). A vítima é uma jovem de 26 anos que, segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, estava internada no Hospital Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto e possuía previamente outras comorbidades, além de passar por um tratamento com antirretrovirais para pacientes graves. Estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro também já registraram pelo menos duas mortes cada pela doença.

De acordo com a OMS, até o momento, apenas 10% dos pacientes tiveram de ser internados por causa da doença. Há são mais de 41 mil casos registrados no planeta. (Com Folhapress e Sesa/PR)

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