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Geral 5m de leitura

Governo quer iniciar em breve desapropriação de área que receberá Terminal Metropolitano

Projeto de lei que prevê a transformação de propriedade privada em área de interesse público ficará pronto nos próximos dias

ATUALIZAÇÃO
05 de outubro de 2021

Vitor Struck - Grupo Folha
AUTOR

O Governo do Paraná quer dar o pontapé inicial para a desapropriação do imóvel onde será construído o Terminal Metropolitano nos próximos dias. Conforme a Coordenadora do Núcleo Regional da Casa Civil de Londrina, Sandra Moya, a estratégia que será adotada para promover o mínimo de conforto aos usuários das linhas intermunicipais será mesmo a construção de um equipamento público em frente ao Terminal Urbano, o que confirma a desistência por parte do governo estadual e da Prefeitura de Londrina de implementação de outros modais de transporte mais modernos, como um teleférico com capacidade para até dez passageiros.  

 

Sandra Moya explicou à FOLHA que os estudos iniciais comprovaram a viabilidade técnica para a implementação de um teleférico que conectaria a Rodoviária de Londrina ao Calçadão em menos de cinco minutos. Entretanto, estudos sobre a viabilidade econômica deste modelo apontaram que a ideia dependeria de uma mudança ainda mais “radical” na estrutura do transporte público de Londrina, a transferência do Terminal Urbano para a Rodoviária. Desta forma, o município concentraria o embarque e o desembarque dos passageiros que utilizam os quatro serviços - transporte rodoviário intermunicipal, interestadual, metropolitano e coletivo – no mesmo local.  

“Se o Terminal Urbano também não for transferido para a Rodoviária de Londrina, essa ideia não se prospera. Não tem como colocarmos essa estrutura em prática. Então retomamos essa ideia inicial, de construir o Terminal Metropolitano em frente ao Terminal Urbano”, confirmou a coordenadora durante entrega de duas quadras do projeto Meu Campinho em Rolândia, nesta semana.  

A área escolhida para a construção do terminal fica na esquina da avenida Arcebispo Dom Geraldo Fernandes (Leste-Oeste) com a rua Bahia. Avaliada em R$ 17 milhões, a área abriga um antigo barracão do IBC (Instituto Brasileiro do Café) que está completamente abandonado.  

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“É uma grande necessidade já de anos dos passageiros que ficam ali ao longo da avenida Leste-Oeste abrigados naqueles pontos sem segurança. Ali, não temos banheiros, não tem acessibilidade, e o governador Ratinho Junior quer realmente um projeto para fazer a diferença naquela região e atender os passageiros que vêm acessar ao município de Londrina”, avaliou. 

Embora esteja ganhando corpo e represente um alento aos usuários do transporte, a reformulação do serviço ainda possui mais perguntas do que respostas. 

Uma destas dúvidas é se os usuários do transporte poderão contar, também, com a integração tarifária. Por enquanto, uma possível solução já apontada é a construção uma passarela sobre a Avenida Leste-Oeste e cujo projeto arquitetônico ficaria sob responsabilidade do município. Entretanto, pouco se sabe sobre o que implicará no bolso dos usuários. 

Para elaborar um instrumento com as diretrizes voltadas aos desenvolvimento territorial estratégico da região metropolitana de Londrina, o governo do Paraná contratrou a elaboração de um PDUl (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de Londrina). A vencedora foi a curitibana URBTEC, também responsável pela elaboração do estudo para Maringá. 

Após duas etapas vencidas, o plano encontra-se na fase de diagnóstico, diretrizes e propostas para os setores prioritários, e alguns prefeitos da região já foram apresentados aos resultados preliminares. 

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