Imagem ilustrativa da imagem Empresário e músico, Alvaro Macari, morre aos 74 anos
| Foto: Saulo Ohara-26/04/2018

Figura conhecida entre os amantes da Jovem Guarda em Londrina, o músico e empresário Alvaro Antonio Macari morreu na noite deste sábado (24), aos 74 anos. A informação foi confirmada pelo filho, Gustavo Macari, em seu perfil em uma rede social. De acordo com ele, Macari morreu em decorrência de complicações cardiorrespiratórias.

Nascido em Mandaguari, no Noroeste do estado, Macari se mudou com a família para Londrina no início da década de 1960. Mais tarde, chegou a cursar Física na Universidade Estadual de Londrina, mas "o negócio dele era mesmo a música", explicou o filho.

Como baixista, Macari integrou bandas fortemente influenciadas pelo rock da época, como Os Magnatas e Somos Cinco. "Durante muitos anos, tocamos nos bailes mais animados de Londrina. Seguíamos a receita de Os Incríveis e tocávamos de tudo, incluindo muito rock e sucessos de outros artistas nacionais e internacionais da época", disse ao repórter da FOLHA, Marcos Roman, quando da vinda do grupo à cidade para um show no Cine Teatro Ouro Verde, em 2018.

"Toda uma geração que acompanhou aquela fase é fã do grupo, que até hoje se destaca pela versatilidade e pela qualidade dos músicos que reuniram quando a banda foi criada, em São Paulo. Será uma ótima oportunidade para relembrar a época em que a banda se apresentava em festas promovidas na antiga sede do Grêmio e na antiga casa de shows O Caneco", completou.

Ao lado de amigos, como o baterista Ariovaldo Santos, Macari fez parte do mesmo movimento musical liderado, também, por bandas como Os Inajás, The Brights, Os Falcões, entre outras, em Londrina. Histórias como a do encontro entre a Os Falcões e Erasmo Carlos, e outras do período que antecedeu a Vanguarda Paulista de Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e Robinson Borba, foram contadas por Santos ao jornalista Ranulfo Pedreiro, em 1997, e também publicadas pela FOLHA.

Alvaro Antonio Macari também será lembrado por sua atuação no lado de fora dos palcos, já que trabalhava desde o início da década de 1990 com o aluguel de equipamentos e estrutura de palco para shows e eventos. "Nos anos noventa, ele trabalhava com som, iluminação, palco, e ficou até o começo dos anos 2000 fazendo isso, e depois até um pouco antes da pandemia ele ainda mexia com a parte de palco", contou o filho Gustavo Macari, que, assim como o irmão mais velho Fábio, também trabalhou ao lado do pai.

"Era um tipo de pessoa que era difícil de ter uma opinião contrária, era firme, digamos assim. Ele acabou ensinando muitas coisas para nós devido à experiência. Era uma pessoa bem alegre, brincalhona, se dava bem com todo mundo, se enturmava fácil com todas as pessoas", definiu o filho.

Alvaro Antonio Macari foi enterrado na tarde deste domingo, no Cemitério Padre Anchieta.