Em Londrina, o questionário socioeconômico mais completo será respondido por cerca de 10 mil pessoas
Em Londrina, o questionário socioeconômico mais completo será respondido por cerca de 10 mil pessoas | Foto: Guilherme Marconi - Grupo Folha

Após suspensão por conta da pandemia, corte de orçamentos e dois anos de atraso, o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou oficialmente em todos os municípios do país nesta segunda-feira (1º). Em Londrina, serão 521 recenseadores em trabalho de campo divididos em subgrupos em todas as regiões da cidade, incluindo a zona rural. Nesta primeira fase, 380 profissionais já estão nas ruas e outros 141 colaboradores devem receber treinamento para iniciar a pesquisa antes do final do mês. O objetivo é concluir o questionário em três meses em cerca de 200 mil domicílios no município.

O último censo foi realizado em Londrina em 2010 - o número de habitantes era de 506.701. De lá para cá não foram feitas medições, apenas projeções que apontam uma população de aproximadamente 575.377 pessoas na cidade. Serão aplicados dois tipos de questionários, sendo o mais simples com 27 perguntas e o mais detalhado com 77. Em Londrina, o questionário socioeconômico mais completo será respondido por cerca de 10 mil pessoas ou apenas 5% da população, segundo o coordenador do IBGE na região de Londrina, Fábio Fujimoto. "Essa escolha é automática pelo sistema. Além das informações básicas, são levantados dados como trabalho, rendimento, fecundidade, migração e mais específico. Mas a maioria da população será pesquisada pelo questionário básico."

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Cada recenseador tem uma meta aproximada de 10 a 15 questionários por dia ou 25 horas semanais. O trabalho será remunerado por produção e até o final do processo o objetivo é atingir, em média, 900 domicílios por colaborador em três meses. "O recenseador tem que passar por todos os endereços, sendo residenciais ou não. Caso ele encontre o morador em casa, ele já faz o questionário, mas outra alternativa será trabalhar com agendamentos. Há também opção de responder por telefone e pela internet. A prioridade é o atendimento presencial até pela qualidade da informação. Todos foram treinados para entender essa demanda."

Ao visitar os domicílios, todos os contratados pelo IBGE estarão uniformizados e poderão ter suas identidades confirmadas pelo 0800-721-8181 ou pelo site respondendo.ibge.gov.br. Todos estarão de boné do censo, bolsa, colete do IBGE, crachá de identificação exposto no colete, com nome completo, documento de identidade, foto e ainda um QR Code com o link que leva direto na página do instituto para conferência dos dados, além do celular (azul com identificação) por onde os dados poderão ser enviados on-line. "O informante poderá consultar o site com os dados de matrícula e documentação para saber se a pessoa é ou não colaborador IBGE", completou Fujimoto.

POLÍTICAS PÚBLICAS

As informações do Censo balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos das prefeituras. O coordenador do Censo em Londrina ainda pontua a importância do trabalho após a lacuna de mais de 12 anos. "É um retrato da população fundamental para o planejamento público e distribuição de recursos. O Censo é um instrumento importante para diversas políticas públicas, sobretudo na saúde e educação. É fundamental que o cidadão receba bem o recenseador e exerça sua cidadania neste momento."

O Censo deste ano deve ir até o início de novembro e os primeiros resultados devem ser divulgados até dezembro deste ano . Mais de 183 mil recenseadores estarão nas ruas de todos os municípios e terão a missão de entrevistar um morador de cada domicílio do Brasil. Ao todo, segundo o IBGE, eles visitarão 89 milhões de endereços, sendo residenciais cerca de 75 milhões. Para a realização do estudo em 2022, o instituto conta com um orçamento de cerca de R$ 2,3 bilhões, liberado pelo Governo Federal após o STF (Supremo Tribunal Federal) ser acionado. (Com Folhapress)

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