A saída de Romulo Marinho Soares da Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) foi tema presente nos discursos em plenário durante a sessão desta quarta-feira (27) da Assembleia Legislativa do Paraná. O novo secretário é Wagner Mesquita, que já comandou a pasta na gestão Beto Richa (PSDB) e atualmente estava na direção-geral do Detran (Departamento de Trânsito).

Imagem ilustrativa da imagem Deputados estaduais elogiam escolha de novo secretário da Segurança Pública
| Foto: Orlando Kissner/Alep

O primeiro a mencionar a troca na Sesp foi o deputado estadual Delegado Jacovós (PL). Ele criticou notícias veiculadas na imprensa de que a chamada bancada da bala teria forçado a governador a demitir Marinho.

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"Isso não aconteceu. Conversamos sobre diversos assuntos da segurança pública, como a participação dos parlamentares nos grupos de trabalho de revisão dos salários dos policiais civis e militares", disse.

No entanto, Jacovós, que se aposentou da Polícia Civil antes de assumir uma cadeira na Assembleia, confessou que o ex-secretário não era tão próximo dos deputados. "Havia sim um certo distanciamento, mas cada um trabalha de um jeito. Éramos chamados para apresentar ideias, o que não tem acontecido nesse governo. Não sugerimos a troca de ninguém", explicou.

Na opinião do parlamentar, "secretário de Segurança Pública tem que ser da Polícia Civil, Militar ou Federal, como é o caso do Mesquita". A declaração é uma clara crítica à carreira de Marinho, que é coronel do Exército.

Tadeu Veneri (PT), opositor de Ratinho Jr., espera que a chegada do novo comandante da Sesp ajude no avanço do projeto do uso de câmeras corporais em alguns segmentos da PM. "Se isso já estivesse acontecendo em Guarapuava, por exemplo, quem sabe os criminosos que atacaram a cidade poderiam ter sido filmados ou identificados", ponderou.

Maria Victória (PP) elogiou a troca na Secretaria de Segurança. "Foi uma brilhante escolha do governador. Tenho certeza que vai corresponder com as nossas expectativas", citou.

Romulo Marinho Soares estava balançando no cargo havia vários dias. Protagonista de protestos de policiais militares e civis por melhorias nos salários, o ex-secretário viu sua situação piorar após o ataque que aterrorizou Guarapuava.

Segundo as investigações, mais de 30 bandidos tentaram assaltar uma transportadora de valores, atiraram no 16° Batalhão da PM e incendiaram veículos. Um policial militar, o cabo Ricieri Chagas, levou um disparo na cabeça e morreu no hospital.

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