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. | Foto: Divulgação/AEN

Investigadores e delegados da Polícia Civil do Paraná entregam, simbolicamente, no início da tarde desta segunda-feira (24), no Parque Barigui, em Curitiba, 300 viaturas que precisam de manutenção e não foram consertadas. O ato é uma resposta à declaração do governador Ratinho Júnior (PSD) que afirmou que não concederá a reposição salarial ao funcionalismo estadual durante visita a Londrina na última quinta-feira (20). Segundo os sindicatos que representam os servidores, as perdas já chegam a 17% em um período de quatro anos.

Além dos policiais, professores da rede estadual ameaçam iniciar a greve nesta terça-feira (25) se o governo estadual não recompor o que foi perdido nos salários dos funcionários públicos. Outras classes, como docentes das universidades, como a UEL, realizam assembleias nesta semana para discutir se aderem à paralisação.

“A cada declaração infeliz do governador, as coisas ficam mais difíceis. Sabemos que o Estado está em plenas condições de ordenar aquilo que é de direito dos servidores. Não vamos recuar”, informou o presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Paraná), Daniel Fagundes.

Na última quinta-feira, quando esteve em Londrina inaugurando a arena multiuso do residencial Vista Bela, zona norte, Ratinho Jr. assegurou que "é o guardião do orçamento". "O Brasil está em crise. Estamos tentando recuperar o emprego no Paraná. Como governador, preciso ser responsável. Se conceder o que os servidores pedem, precisarei aumentar impostos, o que não quero fazer", comentou durante entrevista coletiva.

Representantes da Polícia Militar também estão indignados com a posição do gestor estadual. Em entrevista à FOLHA na semana passada, o presidente da AVM (Associação da Vila Militar) do Paraná, coronel Washington Alves da Rosa, salientou que o clima nos quartéis "está tenso", mas reiterou que a categoria não pode fazer greve por força da Constituição.

A reportagem aguarda manifestação da assessoria do governo.