| |

Geral 5m de leitura

Casos graves de dengue preocupam 17ª Regional de Saúde

Na área de abrangência da 17ª Regional de Saúde, seis mortes pela doença foram confirmadas, sendo quatro em Londrina e as outras em Assaí em Cambé

ATUALIZAÇÃO
30 de março de 2021

Viviani Costa - Grupo Folha
AUTOR

A 17ª Regional de Saúde de Londrina registrou cinco casos graves de dengue e outros 38 que apresentaram sinais de alerta em que os pacientes precisaram ser internados em decorrência da doença. A regional, composta por 21 municípios do Norte do Estado, contabiliza 1.219 confirmações de dengue e seis mortes, sendo quatro em Londrina, uma em Assaí e uma em Cambé. Os dados atualizados foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Sesa-PR (Secretaria de Estado da Saúde) e abrangem o período epidemiológico de agosto do ano passado a março deste ano.

 

Mais de 30 casos de dengue com sinais de alerta foram constatados pela regional em 2021. Só no mês de março foram 26. Para o enfermeiro responsável pelas arboviroses na 17ª Regional de Saúde, Edmilson de Oliveira, o número crescente de casos graves preocupa em meio à pandemia da Covid-19 e exige mais atenção da população no trabalho de remoção dos criadouros do Aedes aegypti.

“Estamos percebendo um aumento no número de notificações, de casos e de pacientes que precisam de atendimento hospitalar. É uma situação preocupante porque a gente sempre teve dengue dentro de um cenário já complicado. Com a pandemia, o esgotamento de insumos e a falta de profissionais, isso tudo diminui a capacidade de atendimento. Como estamos no pico da pandemia da Covid, é muito difícil pensar em outra doença, mas estamos com esse desafio de tentar atender pacientes com outras doenças e comorbidades, entre elas a dengue”, alertou.

Segundo Oliveira, a subnotificação de casos de dengue sempre existiu. No entanto, a Covid-19 pode dificultar ainda mais o diagnóstico de dengue, já que os sintomas, em geral, para as duas doenças são semelhantes e podem confundir os profissionais.

“A pessoa pode ter uma dor de cabeça e febre e ser Covid ou ser dengue. Pode ter também dor muscular e ser Covid ou ser dengue, o que causa muita confusão na hora do atendimento. A gente precisa ter um pouco mais de atenção na evolução dos casos. Não conseguimos definir claramente cada doença”, ponderou.

Os profissionais da saúde estão sendo orientados a refletir sobre a possibilidade de confirmação de outras doenças além da Covid. “A dengue evolui do primeiro ao terceiro dia com febre. Do terceiro ao sétimo dia essa febre diminui, mas o paciente piora. Na Covid, o paciente evolui algumas vezes com sintomas respiratórios e gastrointestinais, mas também não é o clássico”, explicou. Conforme Oliveira, não há registros na regional de saúde de pacientes diagnosticados com as duas doenças concomitantemente.

A FOLHA procurou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado para comentar sobre a gravidade e a condução dos casos de Dengue em meio a pandemia de Covid-19. Ele disse que a pasta definiu que o relatório sobre a arbovirose é apresentados às quintas-feiras. (Com a colaboração de Pedro Moraes)

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS