Avião da FAB com brasileiros vindos da Ucrânia chega a Brasília
De acordo com o Itamaraty, estavam no voo 43 brasileiros, 19 ucranianos com familiares brasileiros, cinco argentinos e um colombiano
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 10 de março de 2022
De acordo com o Itamaraty, estavam no voo 43 brasileiros, 19 ucranianos com familiares brasileiros, cinco argentinos e um colombiano
Marianna Holanda – Folhapress
Brasília - O avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que resgatou brasileiros, estrangeiros e animais de estimação da guerra na Ucrânia, aterrissou em Brasília por volta do meio-dia desta quinta-feira (10).
De acordo com o Itamaraty, estavam no voo 43 brasileiros, sendo 12 menores de idade; 19 ucranianos com familiares brasileiros, sendo três crianças; cinco argentinos, sendo uma criança; e um colombiano. No total, são 68 adultos e 16 menores de idade.

Havia ainda por volta de dez animais de estimação, cães e gatos –os números não são precisos.
Ao chegar ao país, brasileiros e estrangeiros foram encaminhados para imigração, onde farão teste de Covid-19. O Ministério da Saúde disponibilizou ainda vacinas, caso optem por se imunizar.
A ativista da causa animal Luísa Mell também esteve na Base Aérea, em Brasília. Nas redes sociais, ela foi uma das pessoas a fazer pressão para que fosse permitido o embarque dos pets no avião da FAB – o que foi acatado pelo governo.
Depois de deixar Varsóvia, na Polônia, país vizinho da Ucrânia, a aeronave, um KC-390 Millennium, aterrissou inicialmente na base aérea da FAB em Recife, onde os passageiros foram recepcionados com comida e música.
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A Operação Repatriação tem como objetivo resgatar brasileiros e estrangeiros da guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia em dia 24 de fevereiro.
O voo deixou Brasília no último domingo (6), levando doações para a Ucrânia: 9 toneladas de alimentos de alto teor nutritivo; 50 purificadores de água; meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.
O presidente Jair Bolsonaro publicou na quarta-feira (9) um vídeo em que falava por videochamada com o chanceler Carlos França e tripulantes do voo da FAB.
O chefe do Executivo, que tem evitado criticar diretamente a Rússia, comentou a guerra com os passageiros, pelo telefone: "A gente lamenta o ocorrido, torce pela paz. Tenho meus limites e isso está acontecendo aí, atrapalha o mundo todo."
Como a reportagem mostrou, declarações simpáticas a Vladimir Putin por parte de Bolsonaro e pressões do agronegócio têm sido determinantes para que o Itamaraty inclua em suas manifestações oficiais na ONU sobre o conflito na Ucrânia acenos à Rússia, segundo interlocutores do governo.
Nos últimos dias, o governo Bolsonaro endossou resoluções no sistema das Nações Unidas que condenam a invasão do território ucraniano por forças russas. Mas o Ministério das Relações Exteriores tem colocado em declarações sinalizações que contemplam argumentos defendidos pelo governo de Putin, num movimento que preocupa diplomatas americanos e aliados.
Interlocutores dizem que as posições do Itamaraty têm sido definidas no mais alto nível e passado pelo crivo do Planalto. Em alguns casos, o ministro da Defesa, Braga Netto, também é chamado a opinar.
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