Alunos de Londrina comemoram aprovação da UEL em drive-thrus

A UEL (Universidade Estadual de Londrina) divulgou nesta segunda-feira (5) a lista de aprovados no Vestibular 2021. Os convocados deverão fazer a pré-matrícula até quinta-feira (8). A efetivação da pré-matrícula é obrigatória. Os classificados em 1ª convocação também devem estar atentos para o envio da documentação de matrícula, no período de 5 a 9 de julho, conforme o Manual do Candidato. "A documentação poderá ser enviada no próprio portal por upload.", reforçou Sandra Regina de Oliveira Garcia, da Cops (Coordenadoria de Processos Seletivos).

A divulgação do resultado teve participação do Grupo Folha. Foi feita a distribuição dos jornais com a lista de aprovados nos Colégios Marista e Maxi. Seguindo os protocolos de segurança contra o coronavírus, alunos e pais receberam a edição especial nas instituições de ensino. Houve uma celebração, por meio de drive-thru, para marcar o momento.

Os candidatos classificados e não convocados na 1ª convocação deverão declarar interesse, por uma única vez, por eventuais vagas para as convocações seguintes, no site da COPS.

"Não temos ainda estatísticas do ingressantes, mas o primeiro colocado geral é uma pessoa que fez prova para o curso de Medicina", destacou Garcia. "A nossa avaliação da prova é que a UEL não perdeu a identidade do que vinha sendo realizado nos vestibulares anteriores. Nós já aprovamos que o próximo será dia 6 de março de 2022, em um dia e em prova única. Será no mesmo formato, com pouquíssimas alterações que ainda serão definidas pelo Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEL) na resolução do vestibular 2022, que deverá ser aprovada até o final de julho."

“Quanto à participação, ela não foi positiva, pois tivemos 42% de ausentes, nada diferente de outras universidades e do próprio Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Inicialmente esperávamos que o número de ausentes fosse menor, mas a prova acabou ocorrendo num período muito delicado em relação à pandemia.”, declarou Garcia. A coordenadoria projetava a ausência de 25% dos candidatos.

Entre os jovens classificados estão Catalina María Dankert, 18, aluna do Colégio Marista que foi aprovada em Arquitetura. “Acho que a prova foi de acordo com o esperado, as questões e a redação giravam bastante em torno do tema da pandemia, inclusive de forma criativa. No dia da prova tudo estava bem organizado, seguindo os protocolos, e é bom que mesmo nessa situação foi possível realizar o vestibular, apesar de ter sido adiado. Na reta final, eu revisei utilizando o material da escola, simplesmente seguindo os temas. No entanto, eu acho que o meu resultado se deve mais à participação ativa das aulas durante todo o ensino fundamental e médio. A ajuda dos professores foi fundamental nesse processo, nesses tempos eu percebi que é muito difícil estudar sem eles”, destacou.

Seu colega de colégio, Matheus de Lima Ruffini, 18, foi aprovado em segundo lugar em Biotecnologia. “Eu estou feliz, é muito bom ver os resultados acontecendo. Como eu estudo no Marista, tive o privilégio de ter aulas on-line desde o início da pandemia. Até por isso acho que as mudanças feitas pela UEL foram boas para tornar a prova mais democrática. Na pandemia o colégio prestou muita assistência aos alunos desde o início, não ficamos nem uma semana sem aula e a adaptação foi muito rápida, sem perder qualidade de ensino”, destacou.

A mãe de Matheus, Lucimara Aparecida de Lima Rufino, afirmou que ver o nome do filho na lista de aprovados é uma alegria imensa. “Ele teve bons professores e bons amigos. As pessoas do colégio foram fundamentais nessa formação. Foi um conjunto de coisas para dar certo. A gente apoiou e aceitou o caminho que ele quis fazer. Ele se esforçou muito, é muito inteligente e é uma alegria ver que depois de tanto esforço e a colaboração de tantas pessoas e tantos fatores ele tenha conseguido passar no vestibular”, apontou.

O coordenador do Ensino Médio do Colégio Marista de Londrina, Nilson Douglas Castilho, afirmou que mesmo com os desafios impostos pela pandemia, a avaliação dos resultados é positiva. "Cerca de 60% dos nossos alunos foram aprovados na UEL nessa primeira chamada e ficaram entres os dez primeiros colocados. Além da quantidade de alunos aprovados, levamos muito em conta sua colocação, pois isso revela ainda mais o quanto estavam preparados." "Já tivemos aprovações na UEL pelo Sisu também e isso soma ainda mais a presença Marista na nossa universidade. Estamos muito felizes", salientou.

Lucimar Emídio é mãe da Sofia Lis Bilmaia Emídio, aluna do Maxi que foi aprovada em Arquitetura e Urbanismo, e estava muito orgulhosa do feito da filha. "Ela foi muito guerreira. Eu diria que ela venceu e neste momento nós precisamos de jovens dispostos a vencer. Acho que é um parabéns coletivo: família, escola e o mérito dela.” Sofia declarou que a pandemia foi um fator que tinha tudo para fazer os candidatos desabarem do ponto de vista psicológico a ponto de desistir. “Os que realmente ficaram em pé conseguiram chegar em algum lugar. Quando a gente vai atrás, independentemente se a aula foi on-line ou não, a gente consegue”, destacou.

Maria Vitória Rosseto Diniz, outra aluna do Maxi, passou em seu primeiro vestibular que prestou. “É incrível! Depois de um ano parado você não tem noção do que vai acontecer e se vai dar certo, porque mudou tudo. É muito gratificante saber que o esforço que a gente teve foi mais do que o normal e deu certo. E a gente teve um resultado incrível.” , disse a nova caloura do curso de História.

Nicole de Paulo Romano, aluna do Maxi, foi aprovada em Medicina. Ela afirmou que não está acreditando na sua aprovação até agora. “É um sonho se tornando realidade. Foi difícil fazer tudo on-line. Eu não achei que ia passar. Foi uma surpresa. Tinha feito vestibular como treino e depois fiz no terceiro ano e não passei. Foi um baque muito grande. Até passei a não confiar em mim mesma. Mesmo que as coisas pareçam impossíveis você tem que acreditar, porque vale a pena.”

A coordenadora do ensino médio do Maxi, da unidade Duque de Caxias, Cássia Gimenes Barcaro, ressaltou os esforços empreendidos durante a pandemia. “No meio disso tudo que a gente viveu, segundo os professores e as análises que fizemos juntos, foi uma mudança bem de acordo com o momento. Foi em uma fase só, foi perfeito. Correu tudo em um tempo hábil: a organização da UEL, os cuidados que tiveram, o estilo da prova, e as questões. O aluno que soube aproveitar este momento de uma única fase eu tenho certeza que conseguiu a tão sonhada vaga, tanto que teremos o mesmo formato para o ano que vem." A UEL já divulgou que a prova do ano que vem será no dia 6 de março, também em fase única.

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