Aluno de 15 anos tenta atacar colegas com golpes de faca em escola no Rio
Adolescente foi contido por funcionários e apreendido em flagrante pela polícia; Justiça determina internamento de outro estudante
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terça-feira, 28 de março de 2023
Adolescente foi contido por funcionários e apreendido em flagrante pela polícia; Justiça determina internamento de outro estudante
Folhapress

São Paulo - Um aluno de 15 anos tentou atacar colegas com golpes de faca nesta terça-feira (28) dentro da escola municipal Manoel Cícero, na Gávea, zona sul do Rio.
O menor de idade foi contido por funcionários da escola ao tentar esfaquear colegas dentro da escola.
O adolescente se feriu na cabeça, sem gravidade, de acordo com a PM (Polícia Militar). Ele foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, onde passa por atendimento.
A Polícia Civil comunicou que o menor foi apreendido em flagrante e que a investigação do caso está em andamento.
"Testemunhas estão sendo ouvidas na 15ª DP (Delegacia de Polícia) e os alunos foram liberados com o acompanhamento dos responsáveis", informou a Polícia Militar.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram um caderno ensanguentado sobre uma carteira dentro de uma sala de aula.
A ocorrência é registrada um dia após um adolescente ter matado uma professora em uma escola estadual na cidade de São Paulo.
INTERNAMENTO
A juíza Vanessa Cavalieri, da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, determinou a internação provisória de um adolescente suspeito de planejar um ataque a uma escola no estado.
A determinação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio na sexta-feira (24). O alerta partiu do Google para a Interpol, após a identificação de um vídeo publicado no Youtube com conteúdo que sugere risco iminente de morte ou lesão grave a terceiros.
O vídeo mostra o adolescente com armas de fogo e falando sobre os planos de realizar um massacre em uma escola, localizada pela Interpol em um trabalho conjunto com a Polícia Federal.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, a data escolhida era o dia 20 de abril, quando o massacre de Columbine, nos Estados Unidos, vai completar 24 anos.
VELÓRIO EM SÃO PAULO
O corpo da professora Elizabeth Tenreiro, 71, foi velado na manhã desta terça (28) no Cemitério do Araçá. Edenize, que trabalhou com Beth, como era conhecida, no ano passado, afirma que a colega era uma "mãezona" e que muita gente costumava chamá-la de avó.
Em um grupo de 12 estudantes, cada um deles segurava uma rosa branca. Eles contaram que Beth gostava de dar aulas, era uma pessoa alegre e conversava com todo mundo. E lembram que ela já havia se aposentado, mas que seguia lá, dando aulas.
Outro aluno disse que "não caiu a ficha" que a professora tenha morrido de forma tão trágica, no lugar que amava.
Os alunos contaram que receberam a notícia da morte da professora enquanto ainda estavam dentro escola. Houve choque, e muitos começaram a chorar, disseram.
Prima de Elisabeth, Rosana Garcia Tenreiro pede que a morte da professora não seja em vão.
"Que a morte da minha prima sirva como legado para alguma coisa mudar neste país. Ela acreditava que a educação mudaria este país", disse. (Com Isabella Menon/Folhapress)


