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Em sua segunda edição, a carreata que ergue três bandeiras - volta do auxílio emergencial, vacina para todos e pela saída de Bolsonaro do poder, concentrou manifestantes no centro cívico de Londrina desde às 9 horas da manhã deste sábado (6). Paramentados com camisetas, bandeiras, máscaras, faixas e cartazes, os cidadãos presentes consideram que desde a primeira iniciativa, duas semanas atrás, a adesão da população frente a essas demandas cresceu.
Do ponto de vista da assistente social Maria Giselda de Lima Fonseca, a população está ciente e acolhe as três reivindicações como suas, mesmo as pessoas menos atingidas. "A população mais atingida está na classe média para baixo. É uma situação de extrema necessidade e há pessoas de fato, passando fome", discorre. Um dos cartazes da carreata traz uma colher e uma prato vazio.
De acordo com Giselda, os utensílios representam justamente a falta do alimento nas mesas. "Para muitas famílias, a angústia é uma realidade e o corte do auxílio emergencial recai sobre uma população que está cada vez mais à margem da sociedade. Quem fazia pão para vender, bolachas, doces e até autônomos como cabeleireiros estão zerados. Já a nossa luta para que toda a população seja vacinada é que vemos cada vez mais, os mais vulneráveis, deixados de lado, no fim da fila", pensa. Giselda estima que hoje em Londrina, mas de 20 mil famílias estão vivendo nessas condições de dependência do auxílio e a inércia do presidente é a motivação para pedir seu afastamento da presidência.
A estudante de Ciências Sociais e auxiliar administrativa Letícia Freitas também considera o levante às três bandeiras assertivo e uma necessidade para a qual toda a sociedade deveria se mobilizar. "A situação de caos em Manaus em relação ao Covid-19 é infelizmente um retrato da falta de planejamento do presidente Bolsonaro para atender toda a demanda da população - tanto de produção como distribuição das vacinas. É um desastre", desaponta-se.