A AEA (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina) realizará no dia 1º de setembro a 13ª Reunião de Tecnologia para Produção de Soja. O o evento volta a ser executado 100% presencial, depois de realizar a edição anterior em formato híbrido. A organização espera um público entre 300 e 400 pessoas, na sede da AEA (Rua Kozen,345- Granville Parque Residencial).

O presidente da AEA, Marcelo Grotti, e os ex-secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Gervásio Vieira.
O presidente da AEA, Marcelo Grotti, e os ex-secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Gervásio Vieira. | Foto: Vítor Ogawa - Grupo Folha

Serão discutidos vários assuntos relacionados à produção da soja, entre eles estão: “Cenário global do mercado de fertilizantes e os impactos no custo de produção da soja brasileira”, cuja palestra será ministrada por Renato Françoso (Consultor da StoneX). O pesquisador César de Castro, da Embrapa Soja, falará sobre o “Manejo racional da fertilidade do solo para a produção de soja.” O Chefe geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, discorrerá sobre “A soja e o pioneirismo do Brasil: futuro da agricultura sustentável.” O pesquisador Giuliano Pauli, da Superbac, falará sobre os “Bioinsumos e Biotecnologia: rumo à maior sustentabilidade de produção.”

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Haverá um talk show entre Cláudia Godoy (Embrapa Soja), Samuel Roggia (Embrapa Soja) e Donizeti Fornarolli (Fornarolli Ciência Agrícola), que debaterão sobre “Manejo sustentável no sistema de produção de soja.” Entre as palestras serão administrados momentos tecnológicos e na área Externa haverá um circuito tecnológico com os estandes das empresas.

Reunião de Tecnologia para Produção de Soja volta a ser presencial  e na pauta está o mercado global da leguminosa
Reunião de Tecnologia para Produção de Soja volta a ser presencial e na pauta está o mercado global da leguminosa | Foto: SILVIO AVILA / AFP)

O presidente da associação, Marcelo Grotti, ressaltou que a reunião já está presente no calendário agrícola da região. “É um evento técnico que tem como objetivo principal agregar todos os engenheiros agrônomos e os profissionais do agronegócio regional, e fazer a difusão da tecnologia das mais modernas tecnologias. São através dessas tecnologias que o Brasil avança. Por meio delas é possível aumentar a produtividade, gerando valor e riqueza.”

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Questionado sobre o impacto da guerra da Rússia com a Ucrânia no preço dos insumos, Grotti afirmou que inicialmente houve um impacto de aumento de preço dos fertilizantes, “Imediatamente, o governo federal teve a iniciativa de pesquisar algumas alternativas para não tornar a nação totalmente dependente de insumos importados. Inclusive esse é um dos temas desse evento", apontou Grotti. Segundo ele, trata-se de uma mobilização recente. “Você não consegue mudar uma dependência externa de grande monta da noite para o dia, mas eu acredito muito no alto desenvolvimento da agricultura brasileira e de sua pesquisa nesse sentido. Provavelmente a gente deve avançar e diminuir essa dependência externa”, apontou.

Um exemplo disso é a utilização dos bioinsumos, que também serão discutidos no evento. “De maneira geral é algo recente, mas vem se desenvolvendo muito. No passado se falava exclusivamente em defensivos agrícolas que eram utilizados para controle de pragas, e hoje você consegue ter acesso a produtos que têm eficácia agronômica de 100% contra uma praga alvo por esses bioinsumos, substituindo uma tecnologia química. Na linha dos fertilizantes também tem uma pesquisa bastante importante na disponibilização de fósforo no solo, tornando o fósforo líquido por meio de microrganismos, diminuindo a dependência do fertilizante externo.”

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Ele ressaltou a importância de sempre consultar um profissional capacitado para fazer a devida orientação, já que empiricamente há produtores que tentam compensar a falta de um nutriente, exagerando em outro nutriente, achando que isso daí pode resultar em mais produção, o que não é verdade. “Estamos falando da soja e na sua semente tem todo o seu potencial genético de produtividade. Em momentos como os atuais, onde você tem uma valorização grande da commodity, isso fica um pouco mascarado porque o produtor tem lucro, só que esse lucro poderia ser muito maior com o auxílio profissional do engenheiro agrônomo ao lado do produtor. Ele é um profissional com conhecimento atual, que vai difundir o que a pesquisa difunde, com todos os resultados atuais de pesquisa de todos os segmentos da agronomia. O Brasil, hoje, é uma potência na soja. É o maior produtor mundial, coisa que há 20 anos a gente não sonhava”, ressaltou.

Sobre a questão da sustentabilidade, ele ressaltou que hoje se usa uma dose muito menor de defensivos agrícolas por hectare e sempre com segurança, devido a essas pesquisas. “A linha de pesquisa do nosso trabalho é garantir o equilíbrio químico, físico e biológico.” Ele ressaltou que todo ano há cultivares novas sendo lançadas e sempre tendo em vista as necessidades como as mudanças climáticas e a mudança no hábito de ataque de pragas. “Com isso, a pesquisa sempre vai seguindo nessa direção, o que reforça a importância da Embrapa.”

Serviço:

13ª Reunião de Tecnologia para Produção de Soja
Data: 1º de setembroLocal: sede da AEA (Rua Kozen,345- Granville Parque Residencial)
Contato: (43) 3341- 2200
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