DEDO DE PROSA: Rádio
PUBLICAÇÃO
sábado, 08 de outubro de 2022
No dia 07 de setembro de 1922 ocorreu a primeira demonstração pública da transmissão de radiocomunicação no Brasil. Nesse dia os cidadãos puderam ouvir o discurso do presidente Epitácio Pessoa, além de trechos da Ópera “O Guarany” de Carlos Gomes. Portanto, estamos comemorando o centenário do rádio no Brasil.
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Afirmam que quem inventou o rádio foi o italiano Guglielmo Marconi e que ele chegou ao Brasil em 1923. Contudo, parece que essa invenção teve alguns outros inventores a contribuir para sua realização. Um deles, um brasileiro, ficou relegado ao esquecimento por não ter tido dinheiro para custear sua invenção.
Polêmicas históricas à parte, a existência do rádio aqui no Brasil é comemorada a 23 de setembro, data de nascimento do carioca Edgard Roquette Pinto que foi o fundador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje Rádio MEC. Registro que, mundialmente, seu dia é comemorado a 13 de fevereiro.
O papel do rádio é fundamental porque traz comunicação rápida aos ouvintes. Hoje, esse veículo de comunicação tão querido nos serve, também, na forma digital. Mostra de que está sempre evoluindo.
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Companheirão de muitos momentos e eventos familiares, ele chegou em nossa casa na década de 60. Papai comprou um com caixa de madeira amarela, com base reta e que, em cima, tinha cantos arredondados. E ele foi colocado num suporte que ficava no corredor próximo à cozinha. Bonito e importante que ele só. Nos deixou encantados.
Tanto que papai, ao chegar em casa, jantava e depois ouvia o programa Hora do Brasil. Em dias de jogo, ele ouvia a narração com os ouvidos colados no rádio.
Mamãe ouvia – e até cantava - a boa música brasileira, de consagrados cantores nacionais, que era transmitida. E ali mesmo, na cozinha, nos ensinava a dançar. Fazíamos um círculo e ela, ao centro, dançava e ensinava a nós os passos, informando se a música era valsa, xote ou outra e, até os nomes delas nos informava.
Os jovens da família, gostavam de ouvir cantores estrangeiros: The Platters; Bill Halley and his Comets; Domenico Modugno; Elvis Presley e tantas outras mais. Nós, mais pequenos, já pegamos mais as décadas de 70/80 e gostávamos de ouvir: Beatles, Elvis, Rita Pavone, Roberto Carlos, Ray Charles, etc.
Atenção: apenas mamãe e papai podiam mexer na “estrela” da casa que nos causava emoções várias.
Lembranças de momentos históricos apaixonantes e mágicos.
MARINA IRENE BEATRIZ POLONIO – leitora da Folha