Você sabe dizer se você foi clonado? Risco de golpes aumentou muito após vazamentos de dados saiba como se prevenir
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Vitor Ogawa (reportagem local) e Lara Bridi (estagiária)
Mais 220 milhões de pessoas tiveram seus dados pessoais vazados, os quais incluem nomes, números de telefone, endereços de e-mail, senhas e números de CPF. Essas informações podem ser utilizadas por criminosos para invadir redes sociais, clonar perfis e aplicar golpes. Você, ou algum conhecido, podem estar entre os brasileiros afetados pelo vazamento.
A fim de evitar ações criminosas, algumas plataformas oferecem ferramentas extras de segurança, como a verificação em duas etapas. Você pode aplicá-las na aba de configurações de sua conta. Não compartilhe suas senhas com outras pessoas, nem use a mesma senha de suas redes sociais em sites de terceiros. No momento de escolher uma senha, certifique-se de que ela não é muito óbvia. Portanto, não inclua seu nome, palavras ou sequências numéricas comuns (Exemplo: Maria123, ou sua data de aniversário). Outra dica é não manter a mesma senha indefinidamente, troque-a com frequência.
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É indicado que os aparelhos eletrônicos tenham antivírus instalados. Além disso, não clique em links nem baixe arquivos dos quais você não conhece a origem, uma vez que eles podem conter vírus.
Nos casos em que um computador é comum a outras pessoas, como em um escritório ou lan-house, não deixe de deslogar de suas contas todas as vezes que não estiver fazendo o uso da máquina. Também é possível realizar a desconexão remotamente por meio de outro aparelho, caso você se esqueça de fazê-lo no próprio equipamento.
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Se alguma de suas contas nas redes sociais for invadida, registre um boletim de ocorrência. Além disso, faça uma denúncia diretamente na plataforma em que houve o problema. Avise seus amigos e familiares da situação para que eles também possam se atentar a qualquer atividade suspeita de sua conta. Deixe-os informados de ocasiões específicas em que você faria o pedido de um empréstimo, por exemplo, para que seus colegas desconfiem e não façam nenhuma transição bancária se não tiverem certeza de que é você do outro lado da linha.
Dados: Nuciber e Fernando Peres, advogado especializado em Direito Digital e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisas de Crimes Cibernéticos.