Há poucos meses ouvimos falar pela primeira vez sobre um novo vírus na China. No início, confesso, que era difícil de decorar: "corona o quê?” Até que ele atravessou o mar e veio bater em nossas portas. Da primeira vez que ouvimos coronavírus e Brasil na mesma frase até este último fim de semana de março, quando o país tem um crescimento exponencial dos infectados, passamos por várias fases.

Primeiro um surto de memes e as reações mais divertidas na internet, uma negação da real gravidade da epidemia pelo mundo. Depois, quando a OMS lançou luz à palavra pandemia, chegou o susto, e com ele a raiva - na rede mundial de computadores muitos esbravejaram com brasileiros que estavam em viagem ao exterior, uma injustiça.

Quando os casos começaram a aumentar, a grande ficha começou a cair. E os governadores iniciaram os planos de contenção, as medidas de segurança e a barganha irônica que apostava na rixa entre o "senhor Aedes" e o "jovem coronavírus", e lançaram o kit de sobrevivência do brasileiro, com repelente e álcool em gel 70%.

A depressão veio com o isolamento social, que muitos chamaram de quarentena, seus inúmeros ao vivo, panelaços e cantoria na janela. Teve internauta implorando para a internet cair e ficar livre da "capela" da música "Trem bala" por famosas nas redes sociais. E os herdeiros de James Dean? Os "jovens, loucos e rebeldes" velhinhos fugindo da quarentena para papear no banco da praça? Tem sido uma dor de cabeça para os netos que correm atrás. Meus velhinhos sossegaram quando disseram para eles que quem saísse teria a aposentadoria suspensa (era fake news). Agora, estamos no momento de aceitação.

Precisamos nos unir, diminuir a circulação do vírus, cuidar para que não avancemos os números de contaminados e organizar as informações. Essa parte nos adiantamos e fizemos um guia da Covid-19 para todos nós que estamos aprendendo e lutando juntos contra essa epidemia. Segue o fio na reportagem de Vítor Ogawa.

Patrícia Maria Alves (editora)

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Guia Covid-19 para leigos (ou seja, todos nós)

O QUE É A COVID-19?

A pandemia de Covid-19 é uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Ela foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, República Popular da China, em 1º de dezembro de 2019, mas o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano. Ainda não se sabe ao certo como a doença infectou as pessoas na China e nem se sabe qual foi o paciente zero. A suspeita é de que o vírus, que vive no trato respiratório de morcegos, tenha sofrido uma mutação para ser transmitido para um ser humano.

Os sintomas mais comuns entre os pacientes são a febre (cerca de 88% dos casos), a tosse seca (quase 68%) e a fadiga (38%). Em quase 19% dos pacientes foi registrada a dificuldades respiratórias e cerca de 13% apresentaram sintomas como dor de garganta e dor de cabeça. Apenas 4% das pessoas com o Covid-19 apresentaram diarreia.

A revista científica Pediatrics também fez um estudo com mais de 2 mil pacientes chineses e constatou que sintomas digestivos, como diarreia, vômitos e dores abdominais, apareciam com frequência em crianças infectadas pelo coronavírus.

Em Wuhan, na China, que foi o primeiro epicentro da epidemia, 2% dos doentes identificados morreram. A OMS aponta que fora de lá esse percentual está próximo de 0,7%. Isso quer dizer que as taxas de mortalidade estão entre 3 e 20 vezes maiores que a da mortalidade da gripe comum (0,13%) e da gripe H1N1 (0,2%). Mas ainda é cedo para dizer se essa curva de letalidade será mantida, mas é mais provável que sofra uma queda.

NOMENCLATURA

Antigamente os nomes pelos quais as pessoas conheciam as doenças eram relacionados com os lugares, como a gripe espanhola; ou aos animais que a transmitiam, como a gripe aviária ou gripe suína. O vírus H1N1 em 2009, por exemplo, foi apelidado de gripe suína. Essa denominação levou o Egito a abater todos os porcos, embora a doença tenha sido espalhada no País por pessoas.

Algumas pessoas têm insistido em chamar o Covid-19 de gripe chinesa, mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) definiu que a doença respiratória provocada pela infecção do novo coronavírus deve ser chamada de Covid-19. O nome da doença resulta das palavras “corona”, “vírus” e “doença” com indicação do ano em que surgiu (2019).

A nomenclatura segue diretrizes internacionais que pedem para não se fazer referência a uma localização geográfica, um animal, um indivíduo ou grupo de pessoas. O nome oficial evita a propagação de informações descontextualizadas e que possam gerar violência e preconceito. Não se diz, por exemplo, que a gripe é morcegal, para evitar a matança desenfreada de morcegos, da mesma forma que não se deve dizer que a gripe é chinesa, para evitar ataque de pessoas contra os asiáticos.

FAMÍLIA DE VÍRUS CONHECIDA

A família de vírus do tipo corona representa cerca de 17% dos vírus existentes no mundo. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. Nessa época eles foram identificados na alpaca, animal criado no Peru, Chile e Bolívia. Uma pessoa normal certamente já se infectou com outros coronavírus ao longo da vida, mas certamente de forma branda, moderada e de curta duração. São gripes ou resfriados que duram poucos dias. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1, entre outros.

PANDEMIA

No dia 11 de março, a OMS classificou a doença Covid-19 como pandêmica. Em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Poucos dias depois, no dia 17 deste mês, foi confirmada a primeira morte pela doença no Brasil, em São Paulo. O homem, de 62 anos, estava internado na capital paulista, em um hospital particular. Ele tinha histórico de diabetes e hipertensão, e teve uma evolução muito rápida da doença. Morreu sete dias depois de ser diagnosticado.

O infectologista Arilson Morimoto ressalta que o Brasil é um País muito grande que não tem uma ordem unida. “Não conseguimos isolar o foco. Como as medidas não foram mais rígidas, elas se espalharam por todo o Brasil, que chegou aqui através de pessoas que viajaram ao exterior.”

O infectologista Daniel Kakitani explica que a pandemia ocorre quando a maior parte do planeta não tem defesa contra aquele vírus e pode atingir qualquer um. “Por isso começou na China e chegou no Brasil. Gripes sazonais não conseguem atingir todo mundo e não conseguem se espalhar tanto, porque algumas pessoas já tem a defesa. Na pandemia ninguém tem essa proteção. A diferença dos séculos passados para esse é a facilidade de deslocamento. Em poucas horas a pessoa pode vir da China ao Brasil. Isso virou um desserviço quando surge uma doença nova”, apontou.

PREVENÇÃO E CUIDADOS COM A HIGIENE

As recomendações de prevenção e higiene são lavar as mãos várias vezes com água e sabão ou utilizar álcool gel. Lavar os pulsos, entre os dedos e embaixo das unhas. Limpar os objetos mais manuseados com álcool. Manter os ambientes sempre ventilados e arejados. Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o braço ou com um lenço descartável. Não tocar olhos, nariz e boca com as mãos. “Esse é o beabá da higiene. Não precisa de álcool em gel se tiver água e sabão. A pessoa pode ficar o dia inteiro sem lavar as mãos, desde que não toque no olho, nariz, boca e não tocar em objetos, pois a transmissão é quando se toca nas regiões das mucosas. E é isso que é o pepino. As pessoas ficam se preocupando com a sujeira do sapato, quando a higiene após manusear o dinheiro e o telefone celular é muito mais importante que isso”, alerta o infectologista Arilson Morimoto. Ele explica que a roupa sim deve ser colocada em um cesto para lavar assim que chegar em casa, por estar mais suscetível ao toque por outras pessoas e porque também há risco de se encostar em objetos contaminados. Ele ressalta a importância de procurar as recomendações nos canais oficiais do governo.

QUANDO PROCURAR SOCORRO?

Segundo a Sesa, toda pessoa que apresentar os sintomas deve procurar uma unidade de saúde. “As medidas de prevenção são as mesmas para todas as faixas etárias. O coronavírus não escolhe faixa etária. O erro de pensar que a doença é ‘uma bobagem’ é enorme. Uma pandemia é de extrema importância e deve ser considerada como tal por qualquer faixa etária.”

“O governo quer separar as pessoas que devem ficar em quarentena para não passar para mais gente. Ele praticamente revogou a orientação anterior de não procurar médico por qualquer motivo, porque quer os casos suspeitos em quarentena e para isso precisa atestado”,afirma o médico Daniel Kakitani.

Segundo ele, no Paraná está difícil de saber quantos estão infectados, porque ainda não estão realizando testes em grande quantidade. “Como não temos quantidade suficiente de testes, em uma pandemia o mais fácil é achar que todos estão com a doença e tratar como se todos a tenham, pois há chance menor de errar, porque não tem como fazer os exames”, afirmou.

SOBRECARGA DO SISTEMA DE SAÚDE

Um estudo realizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre uma base de cerca de 56 mil pacientes na China apresentou que 80% dos infectados apresentaram sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% progrediram para sintomas graves (dificuldade em respirar e falta de ar) e 6% desenvolveram quadros críticos (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).

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Durante a entrevista Kakitani arredondou a população de Londrina para 500 mil e os percentuais para fazer um cálculo rápido. “Se todo mundo de Londrina pegar o coronavírus ao mesmo tempo e ficar doente, 400 mil pessoas (80%) terão sintomas leves, só que 100 mil (20%) terão quadro que vão procurar médico, porque vão passar mal. Nessa hipótese, 75 mil pessoas (15%) vão precisar de internação. Imagine que todas elas precisem de um hospital. Quantas vagas de hospital nós temos hoje em Londrina? Hoje me mandaram que Londrina tem 200 leitos de UTI. Se Londrina seguir o percentual da China, 5% vão precisar de UTI, ou seja são 25 mil pessoas para 200 vagas de UTI”, destacou. “Se pouca gente pegar, tudo bem, mas se todo mundo pegar no mesmo período, o problema é que serão muitos ao mesmo tempo para serem tratados e isso irá sobrecarregar o sistema de saúde”, destacou.

O QUE OCORRE NO CORPO COM A INFECÇÃO?

Ainda não existem medicamentos ou vacinas para proteger contra o Sars-CoV-2. E o sistema imunológico também não está preparado para combatê-lo. O infectologista Daniel Kakitani ressalta que o ser humano ainda não tem uma proteção natural contra o Covid-19, e por essa razão todas as pessoas estão suscetíveis a serem infectadas e isso resulta na maior propensão de se espalhar.

Os sintomas iniciais se assemelham ao de uma gripe comum, com coriza, espirro e tosse, mas não é possível dizer que eles serão iguais para todos. Há aqueles que não apresentam sintomas e mesmo assim transmitem o vírus.

Ele explica que um quadro mais grave depende de cada pessoa, de como ela reage. O paciente pode evoluir bem ou não, isso está ligado a fatores como outras doenças pré-existentes, estado imunológico, idade etc. “Cada um vai reagir de acordo com a vivência e experiência que o seu sistema de defesa tem”, destaca Kakitani. Segundo ele, não tem como diferenciar de outras gripes.

“A doença viral é rápida. Tem várias imagens na internet em que mostram a radiografia no pulmão do paciente no primeiro dia e dois dias depois pulmão piora 30%, porque a taxa de replicação viral é muito rápida. Se o corpo não conseguir segurar, o vírus vai se alastrando”, destacou Kakitani.

Segundo Kakitani, a doença ainda tem muitas variáveis, e não tem ainda um estudo muito bem feito sobre como ela age. “Das pessoas com sintomas leves vai ter aquela só com dor de garganta e não vai ter febre, nem tosse e vai estar transmitindo a doença sem sintomas em um período de cinco dias. A pessoa não tem sintomas suficientes para dizer que está gripada. Diz que está com resfriado e que logo passa e está transmitindo a doença”, destacou.

Como não há um tratamento protocolar, todo trabalho para recuperar o paciente tem sido feito na base de testes, principalmente aplicando medicamentos que já foram utilizados para outras doenças. O infectologista Arilson Morimoto ressalta que esses testes com medicamentos não devem ser divulgados. “Tem um monte de medicamentos que já foi testado para outras doenças que mais matava do que curava. A pílula do câncer é um exemplo que não devia ser divulgado. Agora tem um medicamento que está faltando nas farmácias para tratar artrite reumatóide que tem sido usado para tratar o coronavírus, mas isso não tem estudo adequado. Quatro meses para conhecer um vírus é muito pouco. Para se ter uma ideia, o HIV, que provoca a Aids, demorou mais de 11 anos de estudos para entender o comportamento do vírus”, critica Morimoto.

AGRAVAMENTO

Daniel Kakitani explica que um agravamento da doença ocorre por meio do colabamento (compressão das paredes) do alvéolo pulmonar. “O alvéolo fica murcho, como se fosse uma bexiga de aniversário em que o ar não entra e a pessoa morre afogada por falta de oxigênio. Quando estão com esse tipo de doença, a pressão da respiração não é suficiente para deixar aberta. Para abrir essa ‘bexiga murcha’, ou seja, o alvéolo, os médicos usam os ventiladores mecânicos, também conhecidos como respiradouros. Quando se empurra o ar, os alvéolos se abrem. É isso que a máquina de respiração faz pelo paciente”, expôs.

Os idosos, diabéticos, hipertensos, pacientes imunossuprimidos e que tenham outras comorbidades são os que apresentam mais riscos de agravamento da doença.

ISOLAMENTO SOCIAL

O infectologista Arilson Morimoto ressalta que a quarentena é a melhor maneira de evitar a disseminação do vírus. “O mais importante nessa pandemia é respeitar a quarentena. Toda pessoa sintomática deve ficar em casa,mas cerca de 80% dos infectados são assintomáticos ou têm sintomas muito leves. Ter a infecção não quer dizer que a pessoa está doente, por isso as pessoas não entendem. Essas pessoas vão ficar infectadas por 14 dias e transmitindo a doença. Por isso as precauções”, destaca.

Segundo ele, o País ainda está no começo da epidemia. “Tem que ter bom senso. Somos um país pobre e tem muita gente com o comércio fechado e desesperado. Tem que procurar informações seguras. Tem muita gente estressada e em pânico publicando coisas que não são verdadeiras. As melhores fontes sempre são as oficiais.”

Segundo Morimoto, respeitar a quarentena é a melhor forma de atenuar a disseminação e voltar logo à vida normal. “A Itália começou com uma quarentena igual à nossa e agora está com quarentena verdadeira. Essa quarentena pode durar de três até seis semanas. Depende do comportamento do vírus e do isolamento das pessoas”, analisou.

Escolas e universidades suspenderam as aulas e muitas empresas liberaram seus funcionários para trabalharem em casa. Com essa flexibilidade de horários e todo mundo reunido, as pessoas têm aproveitado para realizar atividades de lazer como: passear no parque, ir à praia, fazer compras de produtos não essenciais e etc.

“Reforçamos que o isolamento não é um período de férias. Precisamos que cada um faça a sua parte ficando em casa e saindo apenas se não tiver outra opção. Estamos enfrentando uma pandemia. Os municípios têm nos ajudado neste sentido orientando para que as pessoas não saiam. A colaboração de cada um é essencial”, afirmou o Secretário de Saúde Beto Preto.

ESTRUTURA

O Paraná tem previamente preparados 4.406 leitos para serem utilizados em casos de Covid-19, sendo 2.782 leitos clínicos. Dos 1.810 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado, 1.624 leitos podem atender casos de pacientes graves infectados com o coronavírus pelo SUS. Destes, a 17ª Regional de Saúde de Londrina possui 124 leitos que podem atender casos da doença pelo SUS.

A pasta não tem definição de leitos exclusivos para a doença visto que os casos confirmados no Paraná são quadros leves e com isolamento domiciliar e a assistência à saúde continua com as outras situações e ocorrências.

A Sesa informa que está trabalhando constantemente para contratar e agregar mais unidades hospitalares e leitos tanto de UTIs quanto de enfermarias para ampliar de forma gradual e escalonada a quantidade. Por isso, diz a assessoria, a tabela de hospitais, assim como a quantidade de leitos está em atualização frequentemente. De imediato foram adquiridos 50 respiradores, e a compra de mais 150 está em processo de aquisição emergencial. A Sesa informa que todas as UTI´s do Estado possuem respiradores nos seus leitos.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, toda unidade de saúde do Estado pode e deve estar preparada para atender qualquer caso. Questionada se haveria a possibilidade de se construir hospitais de campanha em locais como o IBC, por exemplo, a pasta sugeriu que este ainda não é o momento. “As ações e medidas de enfrentamento são discutidas diariamente de acordo com a necessidade do Estado. No momento, por exemplo, não temos leitos SUS de UTI sendo utilizados para casos confirmados de coronavírus”, diz a Sesa por intermédio de sua assessoria de imprensa.

FAKE NEWS

Diariamente a Sesa recebe diversas "informações" consideradas "fake news" sobre todos os tipos de assuntos e/ou doenças. Orientamos que a população e a imprensa procurem sempre as informações oficiais da Saúde e do Governo do Estado antes de divulgar informações de maneira equivocada.

FONTES OFICIAIS DE CONSULTA

Sites: www.saude.pr.gov.br / www.aen.pr.gov.br / www.coronavirus.pr.gov.br

Redes sociais: @saudepr @governoparana

Ouvidoria da Saúde do Paraná - Telefones: 0800-644-4414 / (41) 99117-3500 e WhatsApp: (41) 3330 - 4414

VACINAÇÃO CONTRA O INFLUENZA

A vacinação contra a gripe é uma estratégia para diminuir a quantidade de pessoas com gripe nesse inverno. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mesmo que a vacina não apresente eficácia contra o coronavírus, é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para o coronavírus.

Nesta primeira fase, a Campanha Nacional é dirigida aos idosos, a partir de 60 anos, e aos profissionais da saúde. A decisão de se iniciar a campanha por estes grupos é uma medida de proteção já que estas pessoas estão mais vulneráveis e expostas às contaminações.

Na segunda fase, a partir de 16 de abril, a imunização abrangerá professores, profissionais das forças de segurança, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e pessoas em outras condições clínicas especiais.

A terceira fase da campanha de imunização contra a gripe terá início no dia 9 de maio, contemplando crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, presos, funcionários do sistema prisional e adultos de 55 a 59 anos.

Além das 1.800 salas de vacinas distribuídas nos 399 municípios, a Secretaria Estadual da Saúde recomendou, antecipadamente, aos municípios que neste ano adotem estratégias de vacinação diferenciada, chamada de extramuros, e que significa a instalação de pontos de vacinação fora das Unidades de Saúde.

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