Começou oficialmente nesta sexta-feira, dia 23, os Jogos Olímpicos, que estão sendo sediados em Tóquio, no Japão. Após ser adiado por um ano devido a pandemia da Covid-19, o evento acontecerá até 08 de agosto.

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Contando com a participação de 200 países dos cinco continentes e a delegação brasileira é a maior enviada para Olimpíadas no exterior até hoje, com 303 atletas e 18 reservas, que podem ser utilizados em modalidades específicas como futebol, handebol, atletismo, tênis de mesa e hipismo. Logo em seguida Tóquio sediará os Jogos Paraolímpicos, que irão começar no dia 24 de agosto.

Nossa história olímpica

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As Olimpíadas aconteceram na Grécia antiga e moderna pela primeira vez

Essa competição que já dura mais de 125 anos, teve sua primeira edição da era moderna em Atenas, na Grécia. Mas o Brasil teve sua primeira aparição somente em 1920, na Antuérpia, cidade belga, e desde então a única ausência foi em Amsterdã, em 1928. Durante todos esses anos os brasileiros já conquistaram 129 medalhas, sendo 30 de ouro, 36 de prata e 63 de bronze. Destas algumas são memoráveis. Como as de ídolos mais antigos: Adhemar Ferreira da Silva, Maurren Maggi, Gustavo Borges, César Cielo e Torben Grael. Além das medalhas mais recentes da última edição, de Rafaela Silva no judô, Thiago Braz no atletismo, Robson Conceição no boxe, Isaquias Queiroz na canoagem, entre outros. Claro que não podemos deixar de lembrar dos clássicos como Robert Scheidt na Vela, as do Vôlei de quadra e de praia e também a do futebol masculino no Rio de Janeiro em 2016.

Jogos mais igualitários

Com quase 49% de participação feminina, os Jogos de Tóquio já representam a edição mais igualitária da história. Ao longo do tempo, diversas gerações de mulheres foram abrindo caminho para que os Jogos Olímpicos pudessem chegar mais perto da igualdade de gênero entre seus competidores. Para o Brasil, a atleta Maria Lenk foi quem deu o primeiro passo, ou melhor, a primeira braçada. Com apenas 17 anos, a nadadora foi a única mulher entre 45 homens na delegação brasileira dos Jogos de Los Angeles, em 1932 e, também, a primeira sul-americana a competir em Olimpíadas. Apesar de não ter subido ao pódio nessa edição, Maria Lenk continuou fazendo história quatro anos depois, nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, quando foi a primeira mulher a usar o nado borboleta. Seu nome está eternizado no Hall Internacional da Fama da Natação, sendo a primeira atleta brasileira a atingir tal honraria.

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Cada vez mais mulheres vem ganhando destaque nas competições

Preparação japonesa

Em 1964 a capital japonesa sediou pela primeira vez os Jogos Olímpicos, naquela época o país impressionou com sua tecnologia e trens velozes. Desta vez Tóquio também investiu em infraestrutura e lazer, como ônibus autônomos, que não tem motorista, e reconhecimento facial na entrada das arenas para jornalistas, atletas e torcedores. Isso e muito mais foi um investimento estimado de 11,5 bilhões de euros, sendo 150 bilhões de ienes saídos do Estado japonês, o que equivale a mais de 7 bilhões de reais. Contudo para reduzir risco sanitário devido a pandemia da Covid-19 o país proibiu a entrada de turistas estrangeiros durante a Olimpíada, deixando de gerar uma estimativa de 240 bilhões de ienes no país. O comitê que organiza a competição também anunciou a devolução de cerca de 600 mil ingressos comprados no exterior, mas cancelamentos de passagens e hospedagens não serão ressarcidos. De acordo com especialistas, para retomar a economia será necessário estímulo estatal de retomada das atividades culturais e esportivas nas estruturas construídas para o evento, além de incentivo ao turismo após o término da pandemia.

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Entre a natureza e a modernidade os jogos acontecem na capital japonesa

Mudança de planos

Em 125 anos de jogos, essa foi a primeira vez na história que uma edição das Olimpíadas teve que ser remarcada, de 2020 para 2021 em função da pandemia. Apenas as duas Guerras Mundiais foram motivo para mudança no calendário olímpico, em Berlim (1916), Japão (1940) e Londres (1944), mas em todos estes casos a decisão final foi o cancelamento definitivo das edições.

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Tóquio está preparados para os jogos em meio a pandemia

Por esse imprevisto em 2020, os atletas tiveram que mudar sua rotina de preparação, que costuma durar o intervalo de tempo entre a realização dos jogos, quatro anos, o chamado ciclo olímpico. No ciclo, os atletas recebem diariamente acompanhamento físico, nutricional e psicológico, mas, devido a pandemia, tiveram que atuar por muitos meses nesses campos por conta própria. Por isso, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) criou uma “bolha” para o treinamento dos competidores brasileiros, em que os atletas ficaram confinados em um hotel em frente ao centro de treinamento. Além disso, o comitê também contou com a ajuda de psicólogos e infectologistas para garantir a segurança tanto física quanto mental dos atletas.

Estreias Olímpicas

Novas modalidades chegam para agitar ainda mais os Jogos. Entre as novidades, destacam-se o skate e o surfe, duas categorias em que o Brasil está muito bem representado. Na prancha sobre rodas, a expectativa de medalhas é alta com as atletas da categoria street: Pâmela Rosa, primeira colocada no ranking mundial, Leticia Bufoni, quarta no ranking e Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, de apenas 13 anos, que já foi vice-campeã mundial em 2019 e hoje é a segunda no ranking mundial e a mais jovem atleta do Brasil na história das Olimpíadas. O surfe também não fica atrás, com atletas como Gabriel Medina, único bicampeão mundial brasileiro, Ítalo Ferreira, atual campeão mundial, Tatiana Weston-Webb, que chegou a assumir a vice-liderança no campeonato mundial de 2021, e Silvana Lima, duas vezes vice-campeã mundial e quatro vezes campeã brasileira. As provas de surf vão ser disputadas na praia de Shidashita, a cerca de 60 quilômetros de Tóquio. O curioso é que as ondas, ali, são relativamente menores do que em praias onde os surfistas estão acostumados a competir, no Taiti, Havaí e Austrália.

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Bicampeão Gabriel Medina se preparando para mais vitórias

Londrina nas Olimpíadas

A londrinense Tatiane Raquel Silva, 31, foi convocada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para integrar a delegação brasileira que vai representar a modalidade nos Jogos Olímpicos. Ela é formada na equipe Londrina/FEL/IPEC e está no Projeto Londrina Atletismo desde os 12 anos. O técnico da equipe de handebol de Londrina também está nas Olimpíadas. O professor Giancarlos Ramirez integra a comissão técnica masculina do esporte.

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Respostas:

1. Rio de Janeiro

2. Guilherme

3. Volei

4. Charlotte

5. Estados Unidos

6. Miraitowa

7. Trinta e dois

8. Pierre

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