A língua estrangeira no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é cobrada junto ao caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias da avaliação. São cinco questões de Inglês ou Espanhol. Quem define o idioma é o candidato no momento da inscrição. Caso o campo de escolha fique aberto, o aluno responderá à prova de inglês, conforme diz o regulamento.

O papel da língua estrangeira na prova do Enem, assim como nas outras disciplinas, é analisar a capacidade de interpretação do aluno em outro idioma. Por isso, mais do que o domínio da língua, é preciso compreender aspectos culturais e até mesmo expressões idiomáticas. “Eu acredito que língua e cultura são indissociáveis, e o Enem geralmente cobra essa mistura do aluno”, destaca Laura Marques Sobrinho, professora de espanhol do Colégio Marista de Londrina.

Novas formas de aprendizado

Independente da escolha feita pelo aluno na prova, seja Inglês ou Espanhol, a professora do Colégio Marista, destaca a importância de buscar novas formas de aprendizagem do idioma para além da sala de aula. Canais digitais como o Blog do Enem oferecem conteúdos e dicas de estudo, mas também opções de simulados. Outra sugestão são os perfis no Instagram da Fluency TV Inglês e Fluency TV Espanhol.

Responda ao simulado do FolhaEnem caderno 5, com as questões de matemática

“Exercitar por meio de modelos de provas anteriores também contribui muito para o desempenho do candidato. Saber o conteúdo é importantíssimo, mas o estudante também precisa conhecer a estrutura da prova”, pontua Laura Marques Sobrinho. Ou seja, o aluno não precisa ser fluente, mas ter capacidade interpretativa e para isso é preciso treinar.

Imagem ilustrativa da imagem Língua estrangeira espera capacidade interpretativa dos alunos
| Foto: istock

Apesar do Enem não cobrar a fala dos alunos, o hábito de consumir músicas e filmes no idioma escolhido para o exame também podem estimular o aprendizado da língua. “Ele escuta uma música e percebe uma palavra diferente e isso acaba instigando a busca pelo significado,” complementa a professora de espanhol.

Não subestime o espanhol

Espanhol e Inglês, são cobrados com a mesma estrutura no Enem, mas para quem opta pela língua latina, existem algumas particularidades. Começando pelo fato de que, diferente do inglês, o espanhol ainda não é ofertado na grade curricular obrigatória do eEnsino médio.

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Mesmo assim, a maioria dos estudantes optam pela língua espanhola no Enem. No entanto, a taxa média de acertos costuma ser menor em relação ao desempenho dos candidatos que escolhem o inglês. As semelhanças do português com o espanhol podem, em um primeiro momento, parecer uma vantagem aos candidatos. Mas é preciso cuidado ao subestimar o idioma. Muitas palavras que parecem iguais no portugês são, na verdade, falsos cognatos, ou falsos amigos como são chamados, isso significa que não querem dizer a mesma coisa.

“Por achar que são línguas parecidas e que terão mais facilidade, muitos alunos decidem pelo espanhol, mas quando chegam na prova se deparam com os heterossemânticos, falsos amigos ou cognatos. É preciso tomar muito cuidado. Por isso é legal seguir canais digitais e fazer provas dos anos anteriores para ir se familiarizando”, afirma Laura Marques Sobrinho.

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No Paraná, o idioma é disponibilizado de forma optativa pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem) da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR). A Proposta de Emenda à Constituição 3/2021 prevê que este cenário mude até 2025, com a disciplina de Eespanhol tendo carga horária mínima de duas horas/aula semanais para os alunos do fundamental II e ensino médio.