A FOLHA convidou um professor de cada área do conhecimento do Enem para fazer uma breve análise das provas aplicadas nos dias 17 e 24 janeiro deste ano. As observações foram diversas, tanto no sentido da prova ter mantido o seu estilo, quanto por trazer novidades.

Imagem ilustrativa da imagem Professores do Marista analisam as provas do último Enem
| Foto: iStock

Todos os profissionais ouvidos são do Colégio Marista de Londrina, parceiro do Grupo Folha de Comunicação no projeto Folha Enem. Na parte das linguagens, presente no primeiro dia de provas, a professora Laís Marina Souza Sorace destacou que o Enem priorizou a interpretação textual independente do componente e da linguagem que fosse analisada. "Os textos e enunciados exigiram uma leitura mais aprofundada dos conteúdos", comentou.

De acordo com a professora, temas como igualdade de gênero e papel da mulher ficaram mais evidentes na edição 2020.

Pelas ciências humanas, o professor Sergio Cavalheiro destacou que o exame cobrou mais conteúdos sobre história geral, se comparado com as provas anteriores. "Senti falta de temas como ditadura militar, que está sempre presente no Enem, enquanto na geografia trouxe muito as questões agrárias, mas isso já é de costume", pontuou.

Equilíbrio foi a palavra usada por Cavalheiro para definir filosofia e sociologia. "Também manteve o caráter das últimas edições", completou.

No segundo dia de provas foi a vez da matemática e das ciências da natureza. Considerada o ponto de dificuldade do Enem passado, as questões de matemática trouxeram uma novidade: inequação popular. "É um ponto de atenção para os candidatos caso isso seja cobrado nas próximas edições", alertou o professor Anderson Gonçalves Quilles.

De acordo com Quilles, o caderno de provas desta área do conhecimento manteve o padrão de privilegiar o raciocínio e não a memorização de conteúdos. "Apesar de a grande maioria achá-la cansativa, os alunos conseguiram realizar a prova em sua totalidade".

Nas ciências da natureza, a biologia deu trabalho. "A prova abordou questões do cotidiano dos alunos. Eles precisaram ter uma leitura muito atenta, principalmente nos termos que foram utilizados nos textos, para evitar erros considerados de menor frequência", afirmou o professor Gabriel Domingues Souza.

Coordenador do Colégio Marista de Londrina, o professor Nilson Douglas Castilho já havia dado sua opinião sobre o Enem 2020, no primeiro caderno do Folha Enem 2021, publicado na última segunda-feira (9). "As mudanças trazidas pela pandemia se limitaram ao que era externo ao Enem. A prova em si manteve sua identidade", comentou.

Folha Enem 2021

A Folha de Londrina e o Colégio Marista renovaram parceria e estarão juntos mais uma vez com o projeto Folha Enem. Todas as segundas-feiras até o dia 15 de novembro, o jornal traz em sua versão impressa e também no site materiais exclusivos com temas referentes ao Enem 2021 (Exame Nacional do Ensino Médio), que será realizado nos dias 21 e 28 de novembro.

Não perca! A primeira edição do Folha Enem saiu na última segunda-feira (9).

Acesse todo o conteúdo da Folha Enem

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.