Membros da comunidade e simpatizantes do movimento celebraram neste domingo (6), até as 19h, a 4ª Parada LGBTQIA+ de Londrina, que teve como tema "Democracia e outros espaços, onde todes podemos e devemos estar". A parada aconteceu no CSU Vila Portuguesa (Buracão).

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O parada contou uma line-up com diversos artistas conhecidos na cena local, como Ariel Trippy, Cleópatra e Dan Murata, além de uma de uma feira com artes, marcas autorais e produtos sustentáveis, nomeada pelos organizadores de 'Okupa'.

O evento reuniu milhares de pessoas que ocuparam, de fato, todo o gramado do CSU.

Segundo uma das organizadoras do evento e membra do Coletivo Construção, Poliana Santos, a parada de Londrina começou após uma discussão em um grupo na rede social Facebook da parada LGBTI+ de Maringá, na qual os londrinenses da comunidade se perguntavam o porquê de não haver uma nas mesmas proporções na cidade.

"Fizemos a parada para ser um lugar de diversidade e respeito. Este ano, escolhemos o tema da democracia para conversarmos com a sociedade em geral. Nós podemos e devemos estar em todos os espaços. É um momento para mostrarmos que existirmos e resistimos." disse a organizadora.

As amigas Gabriela Oliveira e Maria Eduarda vieram de caravana para aproveitar a celebração. Para Maria, o movimento é "Toda uma luta, é preciso ver e presenciar, é preciso amar". Já para Gabriela, a parada "Antes de ser uma festa, é um ato político".

A parada de londrinense foi criada em 2017 pelo Coletivo Construção, um movimento social com atuação permanente realizando ações que impactam a vida das pessoas LGBTI+ de Londrina e região. A primeria edição contou com 5.000 pessoas presentes no local e o público foi aumentando com o passar dos anos, atraindo 9.000 pessoas em 2018 e 10.000 em 2019. Em 2020 e 2021, a parada teve que ser adiada por conta da pandemia do coronavírus.

ATIVIDADES CULTURAIS

Dentro da proposta cultural, atrações como Priscilla Chandonn e Izadora Hass justificaram a grande adesão do público ao evento, que não perdeu um instante de suas performances. As cores das bandeiras, os diferentes figurinos, assim como as variadas faixas etárias presentes, evidenciaram a pluralidade.

Priscilla Chandonn foi uma das artistas que se apresentou no evento
Priscilla Chandonn foi uma das artistas que se apresentou no evento | Foto: Walkiria Vieira - Grupo Folha

O cabeleireiro Renato Antunes fez questão de participar da edição 2022 e revela que esteve em todas. Com um figurino criado especialmente para a ocasião, Antunes disse que o evento tem evoluído a cada ano. "É importante para uma cidade como Londrina valorizar ideais como igualdade e democracia, essenciais para a harmonia".

O também londrinense Leonardo Cardoso prestigiou a parada. "A estrutura e a organização superaram as minhas expectativas. A festa está bonita", comentou. Na companhia de amigos, Cardoso lembra que esteve na primeira edição da Parada LGBTQIA+ de Londrina e é a favor de que a festividade tenha projeção.

Em sintonia com a pluralidade, a parada recebeu pessoas de Londrina e região para celebrar a Democracia
Em sintonia com a pluralidade, a parada recebeu pessoas de Londrina e região para celebrar a Democracia | Foto: Walkiria Vieira - Grupo Folha

Kennedy de Oliveira (estagiário)/ Supervisão: Célia Musilli/ Editora

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