Doado ao Museu Histórico de Londrina (MHL), o acervo de exemplares da Folha de Londrina começou a ser digitalizado em 2020. Os jornais publicados entre os anos 1948 e 1970 já estão disponíveis para consultas virtuais através da plataforma no Pergamun Museus (www.memoria.pr.gov.br). O trabalho de digitalização iniciado há dois anos ganhou recentemente um reforço por meio de uma parceria firmada entre o museu e o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH) da Universidade Estadual de Londrina.

Imagem ilustrativa da imagem Memória viva: edições históricas da FOLHA ganham versão online
| Foto: Divulgação - Agência UEL

“Essa parceria teve início há cerca de dois meses. Estamos unindo esforços para agilizar o processo de digitalização que é bastante trabalhoso”, comenta Edmeia Ribeiro, diretora do MHL. Ela explica que a digitalização é feita com o auxílio de uma máquina fotográfica, em uma mesa específica. Depois, o material é transferido para um editor de imagens, salvo em formato PDF e convertido para um formato que permite o reconhecimento ótico para indexação de caracteres de textos em imagens. “Por fim, depois de todo esse processo, subimos os documentos na plataforma Pergamum, que reúne a documentação digitalizada dos museus do Estado”, completa.

Edmeia destaca ainda que é difícil prever quando todo o trabalho será concluído. “É um processo bastante demorado. As edições são separadas em cadernos: cada um contém entre 300 a 1000 páginas e representa cerca de um mês de edições da FOLHA. Cada caderno leva de quatro dias a duas semanas para ser digitalizado”, ressalta ao informar que o processo tem sido realizado de forma complementar.

Enquanto o MHL prossegue na digitalização, que começou com os cadernos de 1948, ano de fundação do jornal, e avançou até meados de 1970, o NDPH cobre as “lacunas” de edições que o Museu não tem arquivadas. “Agora, estamos na década de 1950”, afirma o diretor do NDPH, José Miguel Arias Neto. “O processo poderia ser encurtado se tivéssemos um scanner para digitalizar. Aí, eliminaríamos todas as etapas de tratamento de imagem”, completa.

A parceria entre o NDPH e o Museu Histórico de Londrina inclui um grande processo de digitalização de documentos históricos, que não conta somente com documentos escritos. O projeto contempla, também, fotografias antigas. Parte do trabalho de digitalização dos exemplares da FOLHA integra o projeto “Preservação de Coleções da Prefeitura Municipal de Londrina no Museu Histórico da cidade”, que recebe verbas do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).

“O jornal é um documento importante e que deve ser digitalizado para os interessados, inclusive para futuras pesquisas. A digitalização amplia o público e ainda preserva o acervo, pois ele não precisa passar pelas mãos do pesquisador”, avalia Arias Neto.

Leia mais: Tirinhas do Theo contam a história do rock de forma interativa

As edições são separadas em cadernos: cada um contém entre 300 a 1000 páginas e representa cerca de um mês de edições da FOLHA
As edições são separadas em cadernos: cada um contém entre 300 a 1000 páginas e representa cerca de um mês de edições da FOLHA | Foto: Divulgação - Agência UEL

O projeto “Preservação de Coleções da Prefeitura Municipal de Londrina no Museu Histórico da cidade” teve início em janeiro deste ano e prevê a digitalização de 50 mil páginas da Folha de Londrina, além de 4 mil fotografias doadas pela prefeitura. Além de ser disponibilizado para consultas online, o material também será utilizado em uma exposição que celebrará o 87º aniversário da cidade, comemorado no mês de dezembro. (Com Agência UEL)

Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1