Engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP (Universidade Estadual de São Paulo), Evaldo Fabian nasceu em Londrina, onde ficou até o início da adolescência, para então, mudar-se para São Paulo estudar, pois, nesta época, já estava determinado a cursar Engenharia Civil. Desde o começo da faculdade, fazia estágio numa construtora e tinha emprego de engenheiro. Contudo, depois de morar nove anos na capital paulista, decidiu voltar a Londrina, quando seu irmão havia acabado de criar a construtora Plaenge, da qual, atualmente, é membro do conselho do Grupo Plaenge. No início, atuou como engenheiro de obras tocando pequenas construções e algumas pontes de cidade. Nos anos seguintes, ficou a frente como engenheiro residente e responsável pela construção dos viadutos Ferroviário, da Av. Paraná, da Av. Santos Dumont e da Av. JK. Na sequência veio a sede atual da Prefeitura de Londrina e diversas plantas industriais, como Itap-Bemis (Dixie-Toga), Fertiplan, Plástico Menina e Elevadores Atlas.


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Evaldo Fabian: "Gostava mais do intervalo, quando podíamos esfriar a cabeça jogando bola"
Evaldo Fabian: "Gostava mais do intervalo, quando podíamos esfriar a cabeça jogando bola" | Foto: Divulgação




O que você mais gostava de fazer na escola quando criança?
Gostava mais do intervalo, quando podíamos esfriar a cabeça jogando bola. O Colégio Marista tinha um campo de futebol com grama, além de pátio grande para os dias de chuva, onde era a quadra poliesportiva.

Qual a melhor lembrança desse período de escola?
Sem dúvida nenhuma é a fanfarra do colégio. Ela era reconhecida como uma das melhores fanfarras estudantis do Brasil e isto nos proporcionou inúmeras viagens pelo Paraná e interior de São Paulo. Chegamos até a nos apresentar no gramado do Maracanã, com o estádio completamente lotado, com 150 mil pessoas.

Havia alguma matéria que gostava mais? E qual gostava menos?
Sempre gostei muito de matemática. Também tínhamos aulas de "trabalhos manuais", utilizando madeira como uma das principais matérias-primas. As aulas de "ciências" e "canto orfeônico" não me atraiam muito.

Como era sua relação com os professores na infância?
Muito boa. Creio que era uma relação normal de um bom aluno com seu professor.

O que você gostava de comer na hora do recreio?
O lanche que trazia de casa. Minha mãe era uma excelente cozinheira e sempre preparava bolos e bolachas. Quando ela não o fazia, pegava na padaria do meu pai, pois morávamos no fundo do terreno. Eu comia rápido e ia jogar bola. O colégio tinha cantina, porém havia fila e demorava até receber o lanche, o que nos fazia perder o jogo.

Suas notas eram boas? Qual disciplina ia melhor?
Sim, no primário e ginasial (hoje chamado Ensino Fundamental) feito no Marista, era um dos três melhores alunos da classe. Creio que ia melhor em matemática. Talvez por isso tenha escolhido a carreira da engenharia.

Você gostava de escrever e ler quando criança?
Não gostava de escrever e nem era muito bom em português. Contudo, sempre gostei muito de ler e li muito durante minha juventude e depois, já casado, mantive este hábito. Hoje, tenho facilidade em escrever e me fazer entender.

Quais eram os autores e personagens preferidos nessa época?
Na escola, lia os livros indicados pelos professores, a grande maioria de autores tradicionais brasileiros, como Machado de Assis. Durante a juventude, lia tudo que caia na minha mão. Meu avô paterno tinha uma coleção muito grande de livros editados pela Reader's Digest, revista publicada no Brasil com o nome de Seleções.

Quando criança, imaginava que teria essa profissão?
Sim, a área tecnológica sempre me fascinou. Era curioso em saber como os aviões voavam, por que os navios não afundavam, achava o máximo conseguir falar a distância, através do telefone, me fascinava como a TV trazia as imagens de longe. Ou seja, para mim, desde criança acreditava que minha carreira seria a engenharia.