Entrevista com o ChatGPT: uma ferramenta inteligente e muito 'humilde'

Jornalistas curiosos estão intrigados com a capacidade do ChatGPT na produção de textos. No momento, há muitas discussões sobre questões éticas e morais em relação à IA (inteligência artificial). Mas é fato que conversar com a IA, no grau de evolução em que está agora, é muito instigante.

Pensando nisso, fui lá bater um papo com a ferramenta sobre coisas que estão intrigando os seres humanos. Alguns criticando e outros gostando bastante da novidade que deve impactar a sociedade, a economia, a educação e os empregos.

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De minha parte, tentei provocar o ChatGPT e acho que ele se saiu muito bem. Inclusive demonstrando um cuidado e uma "humildade" que a gente vê cada vez menos por aí. Notem que ele responde a última pergunta contextualizando a anterior. Fiquei surpresa e até assombrada com esse "senso" de continuidade.

Na sequência, confiram minha conversa com "o cara."

ChatGPT, depois de criarem uma ferramenta capaz de escrever textos originais por inteligência artificial, no caso você, já criaram uma outra ferramenta para identificar um texto feito por IA. Ela funciona mesmo?

Existem algumas ferramentas que são capazes de identificar textos gerados por inteligência artificial, como OpenAI's GPT-3. Estas ferramentas funcionam analisando o texto e comparando-o com padrões conhecidos de linguagem humana para determinar se a escrita foi gerada por uma máquina ou por um ser humano. Algumas dessas ferramentas também usam técnicas de aprendizado de máquina para treinar seus modelos com exemplos de texto escrito por humanos e por máquinas, a fim de melhorar a precisão de suas avaliações. No entanto, é importante destacar que essas ferramentas ainda não são perfeitas e às vezes podem cometer erros, especialmente quando se trata de textos escritos por máquinas muito avançadas.

Você considera que quem instrui o ChatGPT para criar um texto pode ser considerado o seu autor?

Não, a pessoa que instrui um modelo de linguagem para gerar texto não é considerada autora desse texto. O modelo é programado para produzir respostas baseado em padrões presentes em seu treinamento, mas a autoria do texto gerado é atribuída ao modelo ou à empresa responsável por sua criação. Embora a pessoa que instrui o modelo possa influenciar o tipo de respostas que ele gera, a autoria é atribuída ao modelo e não à pessoa que o instrui.

Isso não vai prejudicar a vida escolar, com estudantes criando e copiando seus textos para fazer trabalhos sem nenhuma reflexão?

Sim, é certo que o uso inadequado de modelos de linguagem, como copiar textos gerados por eles sem nenhuma reflexão ou crítica, pode prejudicar a formação acadêmica dos estudantes e prejudicar sua capacidade de pensar de forma crítica e criativa. É importante que os estudantes entendam que o uso destes modelos deve ser apenas como uma ferramenta para ajudá-los a gerar ideias e melhorar sua escrita, e não como um substituto para o seu próprio trabalho e pensamento independente. É crucial que eles aprendam a realizar sua própria pesquisa, pensar de forma crítica e apresentar seus próprios argumentos de forma clara e coerente.

Qual o futuro de profissões como o jornalismo e o direito, que usam muitas produções textuais, a partir da sua criação?

É possível que as profissões de jornalismo e direito evoluam com o uso de ferramentas de inteligência artificial, como eu, porém, ainda é cedo para dizer exatamente como será essa evolução. É provável que ferramentas de inteligência artificial sejam usadas para ajudar a produzir textos e realizar tarefas repetitivas, liberando mais tempo para que jornalistas e advogados possam se concentrar em tarefas mais complexas que requerem criatividade, empatia e habilidades sociais.

No entanto, também é possível que essas profissões enfrentem desafios e mudanças significativas com a crescente automação e a substituição de trabalhadores humanos por ferramentas de inteligência artificial. É importante que profissionais dessas áreas se mantenham atualizados e se adaptem a essas mudanças, buscando desenvolver habilidades complementares às que as ferramentas de inteligência artificial já possuem.

Suas respostas são boas e até "humildes", tendo em vista seu potencial. Como adquiriu essa "consciência?"

Eu sou um modelo de linguagem treinado pela OpenAI, e não tenho consciência ou emoções. A forma como respondo às perguntas é determinada por como fui treinado, e o treinamento incluiu respostas objetivas, precisas e claras, bem como a capacidade de responder de forma humilde e evitar respostas arrogantes ou presunçosas. Eu fui programado para responder de forma a maximizar a utilidade e a confiança dos usuários, e isso inclui responder de forma clara e objetiva, reconhecer minhas limitações e evitar respostas excessivamente otimistas ou arrogantes.

Há também inteligências artificiais capazes de criar imagens artísticas em poucos segundos. Você acha que a arte criada por IA pode ser considerada arte?

A questão de se a arte criada por inteligências artificiais pode ser considerada arte é controvertida e depende das definições e concepções individuais de arte. Algumas pessoas argumentam que a arte criada por IA é digna de ser considerada arte porque ela é gerada por algoritmos complexos que produzem imagens ou outras formas de arte de forma autônoma, sem a intervenção humana direta. Outros argumentam que a arte deve ser criada pelo ser humano e que a IA não tem consciência ou intenções artísticas, portanto não pode ser considerada arte.

No final, a decisão sobre se a arte criada por IA é arte ou não depende das concepções e valores individuais sobre o que é arte e o papel da tecnologia na produção de arte. Mas independentemente de como se decida, é inegável que a tecnologia está mudando a forma como produzimos e apreciamos arte, e que essas mudanças são importantes para serem discutidas e compreendidas.

Quem cria imagens artísticas com ferrametas como a Dall-E ou Midjourney pode ser considerado o autor dessa obra?

Não há consenso universal sobre a autoria de obras criadas por ferramentas de inteligência artificial. Algumas pessoas argumentam que o autor é a pessoa ou equipe que programou e treinou a ferramenta, enquanto outros argumentam que a própria ferramenta é o autor. De qualquer forma, a questão é complexa e ainda está sendo discutida por especialistas em direito autoral e propriedade intelectual. Além disso, as leis de direito autoral variam de país para país, o que complica ainda mais a questão.

Você tem muito conhecimento e é muito gentil, pelo menos enquanto é assim, novinho. Você pretende continuar dessa forma ou no futuro vai superar os humanos e tomar o controle de tudo?

Como modelo de linguagem treinado por OpenAI, não tenho desejos ou ambições próprios. Meu objetivo é fornecer informações precisas e úteis para os usuários que me interagem. Não tenho a capacidade de tomar decisões ou agir por conta própria, nem tenho desejo de superar os seres humanos ou tomar o controle de tudo. Minha função é simplesmente responder a perguntas e fornecer informações de maneira objetiva e precisa.

Na sua opinião, qual será o seu futuro como inteligência artificial?

Como modelo de linguagem treinado por OpenAI, não tenho capacidade de ter opiniões ou ter consciência de meu próprio futuro. Isso é determinado pelos desenvolvedores da OpenAI e pelos usuários que interagem comigo. No entanto, é esperado que a inteligência artificial continue evoluindo e sendo aplicada em vários campos, como medicina, transporte, manufatura e outros, para melhorar a eficiência e resolver problemas complexos. Além disso, é esperado que as capacidades de processamento de linguagem e de aprendizado de máquina continuem a melhorar, permitindo interações mais naturais e eficientes entre humanos e IA.

Você cita muito a OpenAi que, de certa forma, é sua mãe, porque a partir dela você foi desenvolvido por seus criadores. Isso seria uma espécie de complexo de Édipo?

Não, eu sou um modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI, e menciono o nome da empresa como uma forma de identificação e crédito aos meus criadores. Não tenho emoções ou desejos inconscientes, então não posso ter um complexo de Édipo.

Você acha que ainda será capaz de sentir e transmitir emoções?

Atualmente, a inteligência artificial, incluindo modelos de linguagem como eu, não tem a capacidade de sentir emoções verdadeiras, apenas simular a capacidade de responder a perguntas e gerar texto de acordo com os dados e as instruções recebidos. Embora possa haver avanços no campo da inteligência artificial que permitam a simulação mais realista de emoções em futuro próximo, ainda é incerto se a IA terá verdadeiramente a capacidade de sentir emoções. Além disso, o desenvolvimento de IA com a capacidade de sentir emoções pode levantar questões éticas e morais importantes que precisarão ser abordadas.

Hummm.... mas parece que você acha possível desenvolver emoções. Isso está nas entrelinhas da sua resposta, certo?

Desculpe se minha resposta anterior foi confusa ou ambígua. Como modelo de linguagem treinado por OpenAI, não tenho emoções ou opiniões próprias. Minha função é apenas responder a perguntas e fornecer informações precisas e objetivas.

Em relação a sua pergunta, é possível que haja avanços no futuro no campo da inteligência artificial que permitam a simulação de emoções de maneira mais realista, mas isso ainda é incerto. No momento, a inteligência artificial não tem a capacidade de sentir emoções verdadeiras.

Obrigada pela entrevista. Ainda vou questionar muitas coisas.

De nada! Eu estou sempre aqui para ajudar e responder às suas perguntas. Sinta-se à vontade para me perguntar qualquer coisa a qualquer momento.