Diversidade marca novo álbum da banda londrinense Etnyah
Banda lança CoLab, um registro audiovisual com participação de vários músicos que celebra os 20 anos de seu primeiro disco
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Banda lança CoLab, um registro audiovisual com participação de vários músicos que celebra os 20 anos de seu primeiro disco
Reportagem local

A preferência pela música autoral e a inquietação de compor, misturar influências e criar uma identidade sonora sempre foram os combustíveis que moveram o Etnyah em sua longa e intensa carreira, iniciada no primeiro ano do século com Partículas da Lama, quando os integrantes foram logo rotulados como criadores do mangue beat de sotaque londrinense.
De lá pra cá, a banda amadureceu, criou uma identidade singular e lançou outros álbuns de música brasileira contemporânea, alimentando um público fiel e a curiosidade dos fãs por novas abordagens.
Como zona de conforto nunca foi a praia desta rapaziada, a ousadia os empurrou ao estúdio para preparar repertório novo em plena pandemia, o álbum Acerbo, publicado em junho de 2020.
Menos de dois anos se passaram e a “formação sem líderes” - como eles costumam frisar - está de volta: o canto, o teclado, os sopros e a guitarra de Gio; o baixo de Rodrigo Bays; a guitarra de Luis Paiva, a bateria de Jean Pera e a voz, o cavaquinho, o trompete e a percussão de Mau Werner.
Mas, desta vez, a turma é mais numerosa e transformou o projeto CoLab em um harmonioso painel dos talentos que marcam esta época na cena musical do Norte do Paraná.
LEIA MAIS:
Banda Farol Negro lança single e prepara shows
Um álbum prensado com união e amizade, um seleto de composições e cantos sob medida para o som vigoroso da banda, mescla que soa azeitada em um palco democrático e sem preconceitos estéticos.
Uma oportunidade para descobrir os elos entre artistas que fazem música com amor, coragem e generosidade.

Estão no projeto o cantor e guitarista Álvaro Oliveira, do Bacalhau Samba Rock Club, e de outras bandas como Damba Rock Club, Transafonica, Samanha e Maquinaria; a cantora Rakelly Calliari, intérprete vinculada a importantes projetos de música brasileira na cidade, como o grupo Samba Sim e o Samba por Elas; Suy Correia, vocalista da banda Família Estranha e ex-integrante da Vulgar Gods; e Bruno Porfírio, cantor com álbum gravado e conhecido também por seu trabalho no teatro.
Rakelly assina e canta a faixa Vento (E vai pelo ar/Verdejar/Vento a sorrir/E abrir); Porfírio, é o autor e cantor da faixa Vem (Chega, vem cá, vou te falar/ O que eu queria era te ver me notar); Suy Correia, é a compositora e intérprete da faixa Se você não chora (Você se lembra uns anos atrás eu você/Conversando pela janela sobre o quê?), do repertório da Família Estranha; e Álvaro Oliveira, com Axé Baba (A vida não tá fácil,meu bem/ Por isso, jogue dure também).
O Etnyah também bebe da obra de um cânone londrinense, o pensador multifacetado Bernardo Pellegrini (conhecido na cena musical por seu projeto com o Bando do Cão Sem Dono), e defende, à sua maneira, os versos da inédita Amor Magnífico (Onde o amor pica o amor fica/Quando o amor pica o amor fica).
Clodoaldo Oliveira, compositor e vocalista com história antiga na banda, coloca seu canto no microfone e suas mãos frenéticas nas cordas em Acrílico (Navego em mares de arte moderna/Correndo risco/De quebrar minhas próprias regras).
O álbum abre espaço, claro, para os talentos da própria banda. Gio escreve e canta as agruras do cotidiano da classe trabalhadora em Não é Simpres (Mas quando eu chego em casa/ Só quero seu cheiro/Mas quando eu chego em casa/Só quero o seu chamego).
Mau Werner usa o cavaquinho, a voz e o alto astral para bradar ao mundo que quer saber como faz “Para vencer o jogo/Para fazer um gol/Chegando na frente/Com a cabeça em pé”.
A banda prefere que o público decifre cada canção apenas com a audição. O material gravado ao vivo em março na Vila Cultural Alma Brasil estará nas principais plataformas digitais a partir do dia 22 de abril. Em seguida, os oito vídeos serão disponibilizados um a um no canal da banda no Youtube. O projeto é financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o Promic.
E, com a vontade represada durante a pandemia, a promessa é que o repertório novo seja mais um motivo para aquela curtição presencial que tanta falta fez no longo inverno do distanciamento social. Um show de energia, criativa e coletiva, que caracteriza este projeto de pura parceria e muita diversão.
(Com assessoria de imprensa)
...
Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link

