Premiado em grandes festivais de composição pelo Brasil, o jovem artista, músico e compositor londrinense David Mour lançou o álbum “Amuleto”. O trabalho é composto de canções de sua autoria que foram premiadas em festivais, como a canção “Juro” que levou o troféu Lamartine Babo de 1º lugar do 52o Festival Nacional da Canção, realizado em Minas Gerais.

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"Amuleto" foi produzido por Marco Aurélio Silva no estúdio Toque Grave, em Londrina, juntamente com David Mour que também assina a produção e os arranjos de suas músicas. O álbum teve faixas gravadas no estúdio Space Blues, em São Paulo, comandado pelo produtor musical e vencedor de 3 Grammys Latinos, Alexandre Fontanetti, e ainda contou com duas músicas que foram realizadas através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Londrina (PROMIC), contando com a participação do músico, Eduardo Sahão, na produção musical.

Após escutar "Amuleto", o jornalista musical e editor da Billboard Brasil, Sérgio Martins, escreveu: “Que tuudo... Que tuudo... Que tuudo...”. Por dias esse verso ocupou as mentes e as conversas de Graça Cunha, João Marcello Bôscoli e Sérgio Martins, jurados do Primeiro Festival de Música, realizado em agosto de 2022 em Jundiaí (SP).

Escrita pelo cantor e compositor paranaense, "Tudo o que Ainda Há Pra Sentir", a tal música de verso marcante, foi uma das vencedoras da competição. "Amuleto", disco de estreia de Mour, que chega agora às plataformas de streaming.

TRAJETÓRIA

Nascido em Londrina, David Moura – sim, depois ele tirou o “a” – tem ascendência boliviana e brasileira. O ponto de partida, a faísca que acendeu seu sonho musical se deu quando ele tinha sete anos e foi apresentado a "Twist and Shout", dos Beatles, pela irmã mais velha. “A partir daquele momento sonhei em subir no palco e mostrar as minhas músicas”, diz. Ele começou os estudos de violão aos onze e três anos depois criou suas primeiras canções. A princípio, serviam como válvula de escape para frustrações pessoais e insegurança. “Mas foi aos 18 que comecei a enxergar tudo de uma outra forma e decidir de uma vez por todas que queria viver de música”, completa. David chegou ainda a ter uma banda, a Mour (daí o nome artístico), que lançou um disco em 2017. Dois anos depois, em 2019, surgia o projeto David Mour.

"Amuleto", disco de estreia de David Mour, traz letras que retratam desespero, amor, solidão e esperança. Muitas delas soam como uma espécie de autoafirmação, como se Mour estivesse escutando sua alma interior. “Eu fiz de tudo para sair do chão”, diz um dos versos de "Pódio", canção que grita influências de blues e de soul, com direito a um teclado Hammond – habitual entre os instrumentistas desse estilo – ao fundo. Já "Valeu a Pena" no poema "Incenso Fosse Música", de Paulo Leminski, inspiração para astros do rock e da MPB. "Exagerado", "Pra Te Iluminar" e "Um Pouco de Fé" também tiveram versos inspirados na obra de Leminski.

Faz pelo menos uma década que o showbiz nacional tem sido visitado por uma turma de trovadores urbanos, que usam o pop e o rock para expressar seus sentimentos. David Mour é um desses nomes, mas sua musicalidade vai muito além do chamado “pop fofo”. É uma reunião de melodias bem urdidas e uma encantadora diversidade sonora. Há, por exemplo, ecos do soft pop internacional dos anos 70 (o piano presente em "Juro"), do blues rock do mesmo período ("Exagerado" e "Pódio"), que trazem ainda uma variação de andamento, baladas doces ("Teu Jeito, Impossível" – esta acrescida dos vocais delicados de Lisa Haidê).

"Amuleto" é um pequeno atestado de amor ao pop e vai muito além do cancioneiro folk fofo ou das composições good vibes que têm surgido no mercado. É, ainda, um diário aberto sobre as alegrias e tristezas de um autor sensível.

* Com assessoria de imprensa.