O Brasil perdeu na manhã desta quinta-feira (9) uma de suas vozes mais belas, afinadas e representativas. A morte de Gal Costa, aos 77 anos, pôs fim a uma das mais ricas trajetórias da música popular brasileira. Nos últimos 50 anos, o timbre cristalino da cantora baiana embalou gerações de brasileiros e serviu de trilha sonora em momentos cruciais do país como símbolo de resistência, excelência artística e brasilidade atemporal.

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A plenitude de Gal

A última apresentação de Gal no Paraná aconteceu no dia 30 de julho, na Virada Cultural de Maringá. A cantora baiana que havia se apresentado em Curitiba no mês de maio atraiu um público de cerca de 12 mil pessoas que prestigiaram seu mais recente show "As Várias Pontas de uma Estrela", apresentado na praça do antigo Aeroporto da Cidade Canção. No dia seguinte ao evento, a artista postou em sua página no Instagram vídeos e mensagens de agradecimento às manifestações de carinho que recebeu da plateia maringaense. As imagens registraram cenas de jovens que acompanharam a saída da cantora do palco até o carro segurando capas de disco da artista e fazendo declarações de amor a ela.

Imagem ilustrativa da imagem Como a voz de cristal de Gal Costa ecoou em Londrina
| Foto: Lucas Seixas/ Folhapress

Londrina recebeu várias turnês de Gal. Em 2013, a cantora apresentou o show “Recanto” no Parque Ney Braga, dentro da programação do Filo do Cabaré do Festival Internacional de Londrina (Filo). Em 2011, acompanhada do violonista Luís Meira trouxe o show “Voz e Violão” ao palco do Teatro Marista. Um ano antes, havia sido a principal atração no evento de lançamento do The Euro Royal Residence & Resort, empreendimento da empresa Teixeira Holzmann. Com o aclamado show “Plural”, com o qual excursionou entre 1990 e 1992, ficou em cartaz por duas noites no Teatro Ouro Verde.

Em uma de suas vindas à cidade, com a turnê “Bem Bom” que rodou o país entre 1986 e 1987, Gal Costa deu uma declaração polêmica. Em entrevista à imprensa, afirmou àquela época que Londrina vista de cima parecia uma grande fazenda. E completou dizendo que adorava estar em fazendas. Questionada anos depois sobre o episódio em entrevistas, disse que não se lembrava do ocorrido. Polêmicas à parte, Gal sempre teve um público fiel e cativo entre os paranaenses, a exemplo da reverência que conquistou no mundo afora com sua obra eclética e fundamental para a história da música popular brasileira.

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