Pesquisadora acadêmica com doutorado em samba, a londrinense Juliana Barbosa foi convidada para ser uma das juradas da 50ª edição do Estandarte de Ouro. Conhecido como o “Oscar da Avenida”, o prêmio é promovido pelos jornais O Globo e Extra para contemplar os destaques dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Os vencedores serão revelados no domingo (24).

Juliana, que é mangueirense, já deve estar em festa nesta sexta (22), quando a Mangueira sai no desfile do Grupo Especial no Rio. Os surdos e as cuícas imprescindíveis da escola já devem estar soando alto.

Criado em 1972 por um grupo de jornalistas fãs do Carnaval, o Estandarte de Ouro, do qual Juliana vai participar como jurada, tem como missão reconhecer o papel de destaque de personagens que são a essência da festa, de baluartes a passistas, casais de mestre-sala e porta-bandeira e intérpretes. Muitas vezes o resultado do Estandarte difere do resultado oficial do carnaval pelo fato de a escolha dos premiados acontecer por um consenso entre os jurados, diferente do resultado do júri oficial do evento, obtido através de um somatório de notas que obedece a um rigoroso regulamento técnico.

Todos os anos, a escolha dos vencedores é feita por especialistas em carnaval. Estrando como jurada do prêmio, Juliana Barbosa revela os critérios que levará em conta na hora de julgar os desfiles. “Da minha parte, eu valorizo muito o que vem da espontaneidade, aquilo que expressa o que chamo de cultura do carnaval. Então eu vou com o olhar da pesquisadora, da cientista que olha aqueles elementos como parte do desfile, mas esse olhar também vem contagiado pelo potencial que cada elemento tem de se comunicar bem com o público e de provocar encantamento”, destaca ao comentar sobre o convite para integrar o júri da premiação.

“Foi uma surpresa agradabilíssima receber esse convite, pois estou com 46 anos de idade e acompanho os desfiles há 40. Lembro que eu tinha seis anos, estava aprendendo a ler, quando passei a primeira madrugada acordada assistindo aos desfiles no carnaval de 1982. Primeiro assisti pela televisão. Depois realizei o sonho de assistir ao vivo. Anos mais tarde, tive vontade de desfilar e desfilei. Aí me veio o desejo de fazer pesquisa sobre o samba e consegui realizar esse sonho também. Agora esse convite vem coroando como um troféu toda essa trajetória. Me sinto muito honrada”, conclui.

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