Antes de se tornar conhecido em todo o país por suas atuações como ator em novelas de sucesso da Rede Globo Adriano Garib trabalhou como repórter em jornais impressos e emissoras de rádio e TV de Londrina. De volta à cidade após mais de 30 anos morando entre São Paulo e Rio de Janeiro, ele agora se prepara para encarar um novo desafio no universo do jornalismo. Na próxima terça-feira (18), Garib estreia como cronista da coluna Rádio Diário, que será publicada semanalmente na FOLHA.

Garib comenta que a ideia de escrever crônicas foi inspirada em uma experiência que teve ao produzir textos do gênero quando ainda morava no Rio de Janeiro. “Há uns três anos fui convidado pelo jornal O Globo para ser colunista por um dia. Escrevi uma crônica muito simples que chamou muito a atenção e isso criou um primeiro interesse. Aí, me mudando recentemente pra Londrina, há dois meses, falei por que não escrever crônicas neste momento da vida?”.

Vida virtual e comportamento estão entre os assuntos que serão abordados semanalmente pelo novo cronista. “A crônica é um modo de reflexão extremamente leve, sintético e muitas vezes provocativo no sentido de suscitar reações diversas, tanto aqueles que compartilham daqui quanto os que discordam. Minha intenção é propor de um modo leve e muito bem humorado questões relacionadas a determinados assuntos, incluindo filosofia e artes de uma forma geral, assunto com o qual tenho mais familiaridade”, diz.

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Garib tem uma relação de intimidade com a literatura, gênero pelo qual também passeia a crônica. Autor de três livros: Teatro de Adriano Garib (Atrito Art Editorial/2001); A Arte de Construir Ruínas (Poligrafia Editora/2016) e Memórias, Paixões & Perfis (Poligrafia Editora/2018), o escritor também atuou como colaborador do Caderno 2, do jornal O Estado de S. Paulo, no período em que morou na capital paulistana, em 1995.

Adriano Garib: "A dramaturgia não me roubou do jornalismo; não consigo me conceber como artista sem meu instinto jornalístico"
Adriano Garib: "A dramaturgia não me roubou do jornalismo; não consigo me conceber como artista sem meu instinto jornalístico" | Foto: Divulgação

Para Garib, a atividade como cronista será uma oportunidade de voltar a mergulhar no universo da escrita. “Tive que me afastar do jornalismo nos últimos 30 anos por conta da minha atividade muito intensa como ator, dramaturgo, produtor, professor de interpretação. A dramaturgia não me roubou do jornalismo. O instinto jornalístico me estabeleceu de forma ainda melhor dentro deste contexto das artes. Eu não consigo me conceber como artista sem o meu instinto jornalístico. Essa curiosidade sempre esteve presente no meu trabalho. Sinto muita falta do jornalismo, tanto que eu nunca parei de escrever. Acho que essa volta à FOLHA como cronista vai de alguma forma suprir essa falta”, conclui.