O lançamento do livro de Carlos Alberto Garcia me gerou algumas demandas e executadas com prazer. Uma delas foi entregar a Paulo Vinícius Coelho, comentarista do Sportv, um dos exemplares. E não foi difícil, obviamente.

Imagem ilustrativa da imagem O dia em que PVC conheceu Garcia
O dia que PVC conheceu Garcia
| Foto: Divulgação

PVC, como é conhecido, é uma das pessoas mais inteligentes no meio esportivo. Dedicado, estudioso e apaixonado por futebol. A generosidade dele o torna ainda mais imprescindível num meio tão competitivo. E a facilidade em puxar pela memória o que ninguém pode imaginar, então, o classifica como único ao contar histórias.

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Estávamos numa segunda-feira no camarim antes da transmissão de Operário x Chapecoense, pela Série B, e o entreguei “O Bem-Amado”. De início ficou surpreso por ser lembrado e depois feliz pelas dedicatórias de Garcia e autores. Mas não seria PVC se não tivesse uma história pra contar.

Primeiro relembrou a campanha do LEC na terceira fase do Brasileiro de 1977, que terminou em 1978 e os jogos que o levaram às semifinais. Depois disse que tinha uma lembrança especial em sua infância relacionada ao Londrina. O confronto com o Santos, no Pacaembu, por aquele Brasileiro, foi a segunda vez que ele tinha ido a um estádio de futebol. Relembrou detalhes da tarde/noite com mais de 40 mil pessoas no estádio, citando vários jogadores do time alviceleste, o técnico Armando Renganeschi e a escalação daquele Santos que tinha Juary, Aílton Lira e Nelsinho Baptista, entre outros.

O menino de oito anos, que ainda não sabia que o futebol seria a sua vida, olhava para um Pacaembu e suas peculiaridades com enorme atenção que a memória já se acostumava a registrar a história. E no seu segundo capítulo da relação com o futebol estava o Tubarão. Ficou emocionado porque o livro relembrou sua infância e um momento único. Ficou emocionado.

Depois da nossa transmissão, ainda não se sentindo realmente agradecido pela lembrança, disse: “vai ser minha próxima leitura”. Me abraçou, me deu um beijo no rosto e se foi.

É assim que os momentos se perpetuam. Livros e pessoas. Vidas e histórias.

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