Há muitas pessoas que seus nomes e história estão vinculados a determinadas marcas pelos longos anos em que estiveram se apresentando juntos ao público, independentemente do seguimento. No esporte, os anos de um determinando atleta ligado a um único clube e seus resultados criam uma relação que até se confunde qual foi mais importante naquele período. E não há o mais relevante, apenas foram vitoriosos ou tiveram uma representatividade histórica para a instituição, como Michael Jordan no Chicago Bulls, Garrincha no Botafogo, Pelé no Santos e Zico no Flamengo.

Estas histórias entrelaçadas não são demérito para ninguém. Apenas constituem uma trajetória profissional que acontece naturalmente. E o tempo registra. E ficam marcadas. E não há o maior ou menor nesta relação. O Santos de Pelé foi gigante. O Santos Futebol Clube é grande até hoje e Pelé foi o maior de todos os tempos.

Mas há também aqueles que, ao longo da carreira, têm o melhor momento ou mais vitorioso em um determinado lugar. E, naturalmente, marcam aquele período com significados que se eternizam pela história, como Sócrates, no Corinthians. O “Magrão” começou no Botafogo-SP e passou ainda por Flamengo, Santos e Fiorentina, na Itália. Mas foi no clube paulista que criou identidade e o Timão se identificou pela sua passagem. O gesto do punho cerrado ao comemorar gols retratava muito da luta e maneira de pensar de um combatente à falta de liberdade e expressão e respeito aos direitos. É natural quando se fala de Sócrates lembrar do Corinthians, e na história do alvinegro sempre existirá Sócrates como referência pelo futebol, política e conquistas.

Uma instituição não se fortalece sozinha e precisa de tempos em tempos de imagens que a remarquem, a redefinam e até a reposicionem diante de seu público. Por isso, vemos um ou outro jogador realmente marcar esta relação com um time. O LEC também teve seus ídolos e símbolos: Neneca, Marinho, Gauchinho, Zé Roberto, Élber, Éverton, Marcio Alcântara e tantos outros com relações diferentes. Alguns se orgulham de terem passado pelo clube. Outros, o clube se orgulha de estar no currículo deles.

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A cada gol marcado eram dados beijinhos para a torcida. Era assim que Carlos Alberto Garcia comemorava o grande momento de um jogador de futebol em uma partida. Virou marca. Virou história. E o craque dos beijinhos foi cada vez mais se apaixonando pelo azul-celeste. Carreira, vida e clube se misturaram de tal maneira que ele ainda hoje é o “Garcia do Londrina”. E agora é livro, que chega hoje ao grande público. O livro da vida tem parte da história do LEC. História de amor recíproco. História do bem-amado.

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