Os clubes da Série B voltam a se reunir nesta terça-feira (7) na CBF e a pauta principal são os direitos de transmissão da competição e os valores que serão repassados aos participantes. No Congresso Técnico realizado no mês passado, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, garantiu que traria uma solução no encontro desta terça.

Enquanto o LEC não confirma o nome do novo treinador, o auxiliar Edson Vieira comando os trabalhos em preparação para o início da série B em abril
Enquanto o LEC não confirma o nome do novo treinador, o auxiliar Edson Vieira comando os trabalhos em preparação para o início da série B em abril | Foto: Ricardo Chicarelli/LEC

A Série B vive uma indefinição sobre os direitos de transmissão desde o fim do ano passado, quando venceu o contrato com a TV Globo. Não houve acordo para uma renovação e a CBF abriu uma licitação para receber propostas. No entanto, as ofertas foram poucas e com valores bem inferiores aos R$ 200 milhões que a Globo destinava por temporada no Brasileiro.

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As incertezas geraram muita preocupação entre os 20 participantes e até uma certa cobrança dos clubes na CBF. No último encontro com os dirigentes, Ednaldo Rodrigues garantiu que caso as propostas fossem inferiores ao contrato com a Globo, a CBF bancaria a diferença e os clubes teriam, no mínimo, os mesmo valores recebidos em 2022, algo em torno de R$ 8 milhões.

"Já havia esta promessa do presidente Ednaldo para uma definição neste momento sobre os direitos de transmissão. Temos uma expectativa positiva de que será uma reunião muito boa e produtiva e que sairemos com a definição dos valores e de quem vai transmitir a competição. Esta fonte é a principal receita dos clubes e, por isso, a importância de termos esta definição agora", afirmou Mayara Suzuki, advogada da SM Sports e que irá representar o LEC no encontro.

Nos últimos dias, a CBF encaminhou negociações com a TV Brasil. A rede estatal transmitiria a competição com o patrocínio da Caixa Econômica Federal. Há conversas também da entidade com a Band.

Liga Forte

Uma outra fonte de receita que pode pintar nos cofres dos clubes são as recém criadas Liga Forte Futebol (LFF) e Libra. O Londrina faz parte da LFF ao lado de outros 25 clubes. Dos 20 integrantes da Série B, 12 integram a Liga Forte.

Em fevereiro, a LFF assinou um acordo com a gestora brasileira Life Capital Partners e com a norte-americana Serengetti Asset Management para investimentos de R$ 4,85 bilhões para os 40 clubes que compõem as Séries A e B e que formariam a nova liga do futebol brasileiro a partir de 2025.

Outras 18 equipes formaram a Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Os idealizadores deste bloco são Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Flamengo. Este grupo recebeu oferta de R$ 4,8 bilhões de outro fundo, o Mubadala, para os torneios da primeira e segunda divisões.

No caso da Liga Futebol Forte, caso não haja concordância de 100% dos clubes das Séries A e B em relação à oferta da Life Capital e da Serengetti, o valor cairá para R$ 2,3 bilhões. A nova competição pode sair do papel apenas daqui a dois anos. Até 2024, o contrato dos direitos de transmissão da Série A em TV aberta, fechada e pay-per-view pertencem ao Grupo Globo.

A expectativa dos clubes da LFF é que o acordo sendo aprovado por todos os clubes - o prazo vai até abril para que eles avalizem o contrato internamente - exista um aporte financeiro por parte dos investidores já em 2023.

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