O Londrina espera nos próximos dias dar mais um passo para a venda da sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Representantes do grupo russo Total Sports Investments (TSI), dirigido por Roman Dubov, têm previsão de chegada nesta quinta-feira (2) em Londrina para mais uma rodada de negociações com os dirigentes alvicelestes.

Imagem ilustrativa da imagem Grupo russo vem a Londrina para compra da SAF do LEC, diz gestor
| Foto: Ricardo Chicarelli/LEC

Os investidores já têm acertado com o LEC os valores que serão alocados no negócio, inclusive com a compra do CT da SM Sports. Outros assuntos como planejamento esportivo, metas a serem alcançadas e projeção de crescimento do clube a médio e longo prazos serão discutidos nestas reuniões que vão acontecer a partir de quinta. A primeira conversa com o grupo ocorreu no início de fevereiro e contou com a presença do presidente Getúlio Castilho, do vice Felipe Prochet e do gestor Sérgio Malucelli.

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"É um grupo muito forte, que tem nove clubes no mundo e uma estrutura muito grande para o desenvolvimento do futebol. Eles nos apresentaram um estudo completo do Londrina no ano passado e também do início deste ano, jogador por jogador. Um conhecimento do clube que nunca vi acontecer. Os valores que eles apresentaram estão de acordo com o que todos os lados pediram, inclusive o Londrina", afirmou Sérgio Malucelli em entrevista a rádio Paiquerê 91,7. Malucelli garantiu que o próprio Dubov estará pessoalmente em Londrina para tratar das negociações.

Pela proposta apresentada, segundo Malucelli, a SM Sports ainda permaneceria a frente do futebol alviceleste até dezembro em um período de transição para que os investidores assumam definitivamente a partir de 2024. No entanto, já haveria investimentos do grupo para a disputa da série B.

"Claro que não há tempo para legalizar a compra da SAF até o início do Brasileiro, mas é possível fazer um pré-acordo e já alocar recursos. A meta deles é levar o Londrina para a série A este ano e jogar a Libertadores em cinco anos", pontuou Malucelli. "Acredito que por tudo que vimos até hoje esta é a solução para o Londrina. O futebol vive um momento muito delicado do ponto de vista financeiro e os clubes pequenos vão fechar porque não vão aguentar".

Os valores apresentados não foram revelados pelo gestor, mas a FOLHA apurou que a negociação gira em torno de R$ 110 milhões, incluindo neste montante a compra do CT da SM Sports.

O Londrina mantém ainda sigilo sobre o negócio e alega cláusulas de confidencialidade para não relevar detalhes da proposta. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (1º), o presidente Getúlio Castilho e o vice, Felipe Prochet, ressaltaram novamente que neste momento o Londrina não tem nenhuma proposta oficializada para a negociação da sua SAF.

"Esta proposta ainda não chegou ao Londrina, chegou uma manifestação de interesse. Mas nada será feito a toque de caixa porque não estamos falando de uma pessoa que vai chegar e ser parceiro por cinco, dez anos. Vai ser um parceiro por muito tempo e temos que tratar com muita cautela", apontou Felipe Prochet.

O vice-presidente detalhou que qualquer proposta oficial passará pelos trâmites legais exigidos pelo estatuto do clube. "Temos uma comissão criada dentro do Conselho para discutir especificamente a SAF. Primeiro chega a proposta, depois detalhamos e discutimos para ver se realmente é o que o Londrina pretende. Se a comissão estiver satisfeita, levamos ao Conselho e posteriormente para aprovação dos associados. Não é um processo que será feito do dia para a noite e o Londrina será tratado sempre como prioridade", garantiu Prochet.

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