Eleito presidente no domingo (6), Getúlio Castilho vai comandar o Londrina no triênio 2023-2025 e tem como principais metas manter o ajuste administrativo/financeiro, tornar o clube viável economicamente e reatar a relação LEC/torcida/cidade, tão desgastada nos últimos anos.

Getúlio Castilho foi eleito presidente do LEC no domingo (6) e tomará posse no mês de dezembro
Getúlio Castilho foi eleito presidente do LEC no domingo (6) e tomará posse no mês de dezembro | Foto: Jefferson Bachega/LEC

Castilho se revezou nas últimas quatro administrações entre a vice-presidência, cargo que ocupa atualmente e em que também esteve na primeira gestão de Claudio Canuto (2011-2013), e diretor financeiro. Foi responsável por comandar todo o processo que sanou mais de R$ 7 milhões em dívidas trabalhistas, após a venda da sede campestre, autorizada pela Justiça do Trabalho, que implementou uma intervenção judicial no clube em 2009. Como poucos, Castilho conhece muito bem a realidade financeira do clube.

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"Temos que dar continuidade ao que vem sendo feito. Ainda temos contas para elucidar, uma ação popular já julgada, que teremos que pagar. A nossa situação hoje é muito melhor, mas o Londrina ainda não tem condições de andar com as próprias pernas. Temos dívidas em torno de R$ 15 milhões ainda", afirma o novo presidente. "O nosso objetivo é deixar o clube totalmente viável e em condições de receber possíveis novos parceiros".

A parceria no futebol com a SM tem contrato até 2025, ano em que termina a próxima gestão. Getúlio Castilho ressalta que o relacionamento com Sérgio Malucelli é bom e que o acordo será respeitado. No entanto, o novo presidente admite que outras possibilidades podem surgir no futuro, inclusive com a criação de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

"Se aparecer alguém alinhado com o Londrina e com o Sérgio interessado em tocar o futebol, por que não tratar? Desde que seja interessante para os dois, mais para o Londrina, não vejo problemas. A SAF continua em pauta e é preciso analisar e estudar bem uma possível proposta concreta. Existem diversos modelos, com percentuais maiores ou menores, pagamento da dívida ou não. Tudo depende de um contrato bem alinhado", apontou.

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Se a parceria com a SM Sports, iniciada em 2011, trouxe resultados importantes no campo esportivo, resultou ao mesmo tempo em um distanciamento pouco visto na história do clube com a sociedade londrinense. As consequências são a baixa presença de público nos jogos no estádio do Café - o LEC teve a terceira pior média da Série B deste ano, com 2.479 torcedores por jogo, apesar de terminar entre os dez primeiros -, o fracasso de qualquer tentativa de programa de sócio-torcedor e até mesmo a pequena presença de associados - apenas 108 participaram da última eleição.

Getúlio Castilho reconhece o problema e afirma que o assunto tem sido constantemente discutido dentro do clube. E promete buscar alternativas para mudar esta realidade. "Temos estudado o que se poderia fazer para retomar esta proximidade do time com a cidade. O próprio associado tem que estar dentro do clube para participar de uma forma mais direta das decisões. Temos que trazer a sociedade, os empresários e trabalhar para reverter esta situação e melhorar de qualquer maneira", comenta ele, que assume a gestão em dezembro.

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