Márcio Fernandes chegou ao Londrina com algumas missões. Além de retirar o time da zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro, o treinador tinha entre os objetivos recolocar o LEC no trilho do bom futebol. A equipe ainda está longe do brilho técnico que dela se espera, mas está conseguindo deixar a má fase para trás pouco a pouco. Em três duelos de Fernandes à frente do Tubarão são dois empates e uma vitória, na última sexta-feira (23), por 1 a 0, em cima do Remo.

"Às vezes vai acontecer de perder, mas se jogar bem, procurar o ataque, isso me satisfaz”, destacou Fernandes
"Às vezes vai acontecer de perder, mas se jogar bem, procurar o ataque, isso me satisfaz”, destacou Fernandes | Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina EC

Com exceção da partida contra o Confiança, pela 13ª rodada, o Alviceleste fez dois bons jogos (Goiás e Remo), com o triunfo no estádio do Café - o primeiro na segunda divisão deste ano - confirmando o efeito do trabalho do novo comandante, que gosta de times compactos e que busquem propor o jogo e não apenas esperar pelo erro do adversário. “A equipe mostrou poder de ataque muito grande. Não seria nenhuma surpresa se tivéssemos feito um placar dilatado, pelo nosso volume, criamos várias chances. Às vezes vai acontecer de perder, mas se jogar bem, procurar o ataque, isso me satisfaz”, destacou.

O Londrina, aliás, desencantou após 180 minutos sem balançar as redes e com um belo gol do estreante Gegê, que entrou no segundo tempo e bateu uma cobrança de falta na medida. Ao mesmo tempo que o ataque volta a funcionar, o setor defensivo vem se consolidando, com três jogos sem ser vazado. Márcio Fernandes fez questão de frisar que o desempenho do elenco também tem o “dedo” do antigo técnico, Roberto Fonseca, que deixou o LEC sucumbido pela falta de resultados.

“O trabalho que o Roberto vinha fazendo era muito bom. Ele procurou deixar a equipe em condição de render, mas os resultados não aconteceram. Não é porque chegamos que o trabalho que estava sendo feito não era ideal. São momentos de mudança que podem trazer uma inspiração maior, motivação”, pontuou.

Com 12 pontos, o Tubarão segue na zona de rebaixamento do campeonato, mas deixou a lanterna. O Cruzeiro, que também está no Z4, é o próximo adversário do Londrina. O confronto será sexta-feira (30), às 21h30, no Mineirão. No fim de semana, a equipe mineira empatou com o Vila Nova em 0 a 0, chegando a oito partidas sem vencer.

CONFIANÇA

Fernandes terá a semana praticamente cheia para treinar o time, após uma desgastante sequência de três confrontos em sete dias. Ele vai contar com o retorno do atacante Salatiel, que cumpriu suspensão. Ainda sem adiantar como está projetando a escalação para sexta, como a possibilidade de manter o recém-contratado Lucas Lourenço no meio-campo, o treinador já tem uma certeza: a confiança dos jogadores é outra para os próximos desafios na competição.

“Começar a ter resultados bons é importante, até para que o grupo passe a ter uma confiança maior no trabalho. Vencemos uma equipe (Remo) que vinha de três vitórias e com qualidade, mostramos superioridade. Isso nos deixa feliz, porque há melhora e crescimento e quando isso acontece sabemos que estamos no caminho certe. É dar sequência a tudo isso e cobrar um pouco mais para que as coisas continuem saindo satisfatoriamente”, avaliou.

RACISMO NÃO

O narrador Cláudio Guimarães divulgou uma nota em que se disse arrependido pela fala racista contra o meia Celsinho. Durante a transmissão de Londrina e Remo, pela Rádio Clube do Pará, o profissional de imprensa falou que o atleta londrinense ia bater a bola “com seu cabelo meio ninho de cupim”. “Peço desculpas não só a ele, mas a sua família e todos aqueles que ofendi com meu comentário”, afirmou no texto.

Guimarães foi afastado pela emissora. Nas redes sociais, a direção do Londrina e do Remo repudiaram o comentário preconceituoso. É a segunda vez que Celsinho é vítima de racismo durante uma transmissão esportiva em menos de uma semana.

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