Londrina e SM Sports negociam alguns acordos para poderem sacramentar o fim da parceria no futebol do clube. A decisão da diretoria executiva do LEC de romper o contrato, que tem validade até o fim de 2025, já foi comunicada ao gestor Sérgio Malucelli e o destrate deve ser oficializado nos próximos dias.

Diversas reuniões têm acontecido entre o presidente Getúlio Castilho e Malucelli. Os pontos principais que precisam ser alinhados são as dívidas acumuladas pela SM nos últimos anos, os recursos da Liga Forte de Futebol, o uso do CT e a montagem do elenco para o Campeonato Paranaense do ano que vem. Os dois lados têm afirmado que a intenção é fazer um rompimento de forma amigável para que o clube não seja prejudicado.

O plano do LEC é assumir o comando do futebol pelo menos até o primeiro semestre do ano que vem. Enquanto isso, o clube trabalharia para encontrar um novo parceiro ou até mesmo encaminhar a venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

O Londrina negocia para administrar o CT da SM Sports neste primeiro momento e usar toda a estrutura existente para a preparação da equipe. Alguns integrantes do atual departamento de futebol poderiam continuar para auxiliar o clube nesta transição e na montagem do elenco. O diretor de futebol, Claudio Canuto, pode seguir na função mesmo com o encerramento da parceria. O grupo atual de jogadores também seria utilizado pelo clube para 2024.

O ponto principal da discussão passa pela dívida da SM Sports. O montante chegaria a R$ 14 milhões, entre passivos trabalhista e fiscal e repasses que não foram feitos ao clube nos últimos anos. A intenção do gestor é transferir a dívida ao LEC, que ficaria responsável pela quitação.

O Londrina sinalizou que poderia absorver este passivo, mas não na sua totalidade. Em contrapartida, a SM Sports abriria mão da disputa judicial em relação aos recursos da Liga Forte. O Alviceleste tem direito a R$ 33 milhões, referentes a 20% do contrato firmado pela Liga com um grupo de investidores para comercializar os direitos de transmissão da entidade nos próximos 50 anos.

Deste total, R$ 8 milhões já foram liberados, mas 90% do valor estão depositados em uma conta judicial, em razão de uma liminar conseguida pela SM Sports, que reivindica os direitos sobre estes recursos. O Londrina tenta caçar a liminar na justiça, mas até agora não obteve êxito.

ASCENSÃO E QUEDA

A SM Sports administra o futebol do Londrina desde 2011. Após o fim do primeiro contrato em 2020, houve a renovação por mais cinco anos. Neste período, o Tubarão conquistou dois títulos do Paranaense, ganhou a Copa da Primeira Liga e disputou a Série B sete vezes.

No entanto, nos últimos anos a parceria tem se desgastado. O relacionamento da SM não é bom com o clube e nem com a torcida. O poder de investimento da empresa diminuiu muito e a consequência disso tem sido a montagem de elencos com qualidade duvidosa. O LEC acumula dois rebaixamentos nos últimos quatro anos e vai jogar a Série C novamente em 2024.

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