Londrina deve romper contrato com a SM após a Série B
Gestor garante que irá cumprir acordo até 2025, mas diretoria executiva já se articula para dar um novo rumo ao futebol alviceleste em 2024
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
Gestor garante que irá cumprir acordo até 2025, mas diretoria executiva já se articula para dar um novo rumo ao futebol alviceleste em 2024
Lucio Flávio Cruz
Já rebaixado e apenas cumprindo tabela nas duas rodadas finais da Série B, o Londrina vive momentos de indefinição fora de campo. Com a relação estremecida entre a diretoria executiva do clube e a SM Sports, o planejamento para 2024 está comprometido e não há garantia da continuidade da parceria para a próxima temporada.
O gestor Sérgio Malucelli garante que irá cumprir o contrato com o LEC, que tem vigência até o fim de 2025. No entanto, no VGD o assunto que percorre os corredores da sede administrativa é que o clube deve pedir a rescisão contratual. O Londrina deve tomar uma decisão após o fim da Série B, marcado para o dia 25.
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O Londrina e o Conselho de Representantes estão insatisfeitos com a forma como o futebol tem sido administrado nos últimos anos. Com campanhas ruins e dívidas por parte do parceiro. A multa rescisória do contrato, firmado em 2021, é de R$ 2 milhões. As dívidas da SM Sports giram em torno de R$ 7 milhões, entre impostos e ações trabalhistas. Outra pendência financeira são os dois meses de salários atrasados do atual elenco. Em caso de rescisão, o LEC assumiria o futebol ou teria que encontrar um outro parceiro.
A briga entre as partes chegou à justiça na disputa pelo recursos liberados pela Liga Forte do Futebol. O Londrina tem direito a R$ 33 milhões, dos quais R$ 8 milhões já foram repassados. No entanto, a SM Sports conseguiu uma liminar e o dinheiro está bloqueado em uma conta judicial. O LEC tentou cassar a liminar, mas teve o seu pedido negado no Tribunal de Justiça do Paraná. Enquanto isso, o recurso não pode ser utilizado por nenhuma das partes.
Os dois lados têm conversado nos últimos dias para tentar chegar a um acordo sobre os recursos da Liga Forte. Uma das alternativas seria dividir o dinheiro para que a SM Sports pudesse fechar as contas do ano e, no caso do Londrina assumir o futebol, utilizaria a sua parte para montar o time para o Campeonato Paranaense, previsto para começar no dia 17 de janeiro.
Parceiro?
Em entrevista à rádio Paiquerê 91,7, o empresário de Santa Catarina Jaime Andrade afirmou que tem interesse em assumir o futebol do Londrina ou então negociar a compra de uma futura SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Andrade frisou que já teria um pré-contrato com o gestor Sérgio Malucelli para a compra do CT da SM Sports.
"O negócio do CT só seria fechado se desse certo também a negociação com o LEC. Porque um CT só tem funcionalidade se houver um time de futebol", comentou. O empresário visitou a cidade algumas vezes durante o ano, também esteve em algumas oportunidades no CT e assistiu a jogos do LEC no estádio do Café. Jaime Andrade relatou que deve procurar a diretoria executiva do clube nos próximos dias para apresentar um projeto para assumir o futebol alviceleste. Nesta semana, o conselho do LEC aprovou o novo estatuto que permite a transformação do clube em SAF.
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