O empate por 1 a 1 entre Londrina e Criciúma no último sábado (30) foi marcado pela baixa qualidade técnica. Mesmo as equipes tendo criado chances de gol, foram raros os momentos em que a partida registrou uma jogada bem trabalhada, com passes e triangulações. E novamente, esses elementos chamam a atenção para a situação do gramado do Estádio do Café.

Imagem ilustrativa da imagem Gramado ruim do Café volta à pauta no Tubarão
| Foto: Gustavo Carneiro

Após os noventa minutos do jogo, o meia Marquinhos Gabriel, camisa 10 do Tigre, foi perguntado sobre o resultado. E em sua resposta à Rádio Paiquerê 91,7 o jogador deu sua explicação sobre o jogo ter tido pouca técnica. "Muita bola longa. Pelas características, fica difícil de jogar", justificou, fazendo menção à irregularidade do gramado.

Na entrevista coletiva, o técnico do Tubarão, Adilson Batista, foi questionado se o gramado teria deixado o jogo tecnicamente mais pobre, com ênfase ao que disse o meia do time catarinense. E Adilson concordou com o adversário. "Os jogadores sofrem um pouco para virar, passar, acabam perdendo alguns segundos. Nem sempre dá para jogar de primeira. Às vezes com dois, três passes a mais", comentou. "O Palmeiras também reclamou recentemente (do gramado) quando jogou aqui na Copa do Brasil", acrescentou o comandante alviceleste.

Completando o seu raciocínio, o treinador inclusive pediu que a imprensa fosse mais paciente com o elenco. "Não adianta vocês cobrarem uma determinada situação (técnica) de jogo, porque a gente sabe a dificuldade que vai acontecer lá na frente. Agora que a gente está entendendo como é que funciona. Então, concordo com o Marquinhos Gabriel", afirmou.

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DESCOMPACTAÇÃO

No final de janeiro, às vésperas do início do Campeonato Paranaense, a FOLHA mostrou que a Fundação de Esportes de Londrina (FEL) buscava alternativas para profissionalizar a gestão do gramado do Estádio do Café. Na ocasião, a FEL indicou que o trabalho estava sendo feito por servidores da própria Fundação, e que o objetivo era de contratar uma empresa especializada para esses cuidados. A primeira alternativa seria do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), e que caso a parceria não fosse possível, não estava descartada a possibilidade da abertura de uma licitação para contratar serviços de corte, irrigação e plantio do gramado.

Em setembro do ano passado, foi realizado um processo de descompactação do gramado do Estádio do Café. Processo este que seria de rotina, em que são feitas novas perfurações no solo, para haver outros espaços para o desenvolvimento de raízes, também para que a grama possa “respirar” e não ser prejudicada no processo de irrigação e drenagem. A descompactação também abrange o corte do excesso de grama, o chamado “colchão”. Este processo custou, à época, cerca de R$ 68 mil. Na minuta do contrato, o valor se referia a dois processos de descompactação, com intervalo de seis meses cada.

A FOLHA buscou contato com o presidente da Fundação de Esportes de Londrina, Marcelo Oguido, para atualizar a situação a respeito da possível parceria com o IDR ou da abertura de licitação para terceirizar a manutenção do gramado, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

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