O presidente do Conselho Deliberativo do Brusque FC, Júlio Antônio Petermann, citado na súmula do árbitro do jogo contra o Londrina como autor das ofensas contra Celsinho, se defendeu e argumentou que ninguém ofendeu o jogador. "Não houve ofensas contra ele. Não houve ofensa alguma. Ele ficou agitando lá embaixo, no banco. A turma bateu boca e ele falou que foi feito um ato racista contra ele. Mas não foi proferido nenhum ato racista contra ele. Inclusive até estou fazendo um BO, porque eu fui muito atacado nas redes sociais por uma coisa que não foi feita", disse ele à FOLHA.

Segundo o dirigente, a única coisa que foi dita foi "para cortar o cabelo dele". "Isso aí é ofensa? Sabe que na hora do bate-boca, no clima do jogo, ele tem que se colocar no lugar dele. Não ficar reclamando com a torcida contrária. Não foi proferido nenhum ato racista contra ele", negou.

Sobre o fato de ter usado expressão "cabelo de cachopa de abelha", conforme Celsinho acusou, o dirigente argumentou que não foi falado isso. "Quero ver ele provar. Não teve ofensa. O clube até fez uma nota pedindo escusas. Eu acho que também só está acontecendo com o Celsinho porque em um mês ele teve três problemas." Petermann questionou que em um Campeonato Brasileiro que possui 40 times nas séries A e B só um atleta registrou três reclamações em menos de um mês. "Alguma coisa de errado deve ter aí. Não foi nenhum ato de ofensa contra ele. Ele que está se fazendo de vítima", declarou.

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Confrontado pela reportagem de que o teor de suas declarações coincide com a primeira nota divulgada pelo Brusque FC, Petermann reforçou que não houve nada. "Educadamente o Brusque, por causa das manifestações, achou melhor pedir desculpas, mas que não houve nada, não houve. Estamos bem tranquilos quanto a isso", respondeu. "Não que eu não me arrependa. Não houve ofensa contra ele. Quero ver provar que foi feito ofensa contra ele. Não tenho nada mais para falar. Não foi feita nenhuma ofensa contra ele. Ele tem que provar", concluiu.