Vestir-se de modo adequado no local de trabalho e de acordo com a atividade desenvolvida é sinal de respeito às regras da empresa. O entendimento das unidades que adotam roupas padronizadas e pensadas em cada atividade laboral - é que além de tornar prática a vida do colaborador, dá a ele o sentimento de pertencimento e de que a empresa pensa nele, planejou a vestimenta e seu bem-estar.

Além disso, empresas que optam por um "dress code" consideram que esse é um elemento a mais a compor a identidade da empresa. Do ponto de vista da designer Elisabete Yunomae, da Visualitá Gestão em Design Estratégico, esse universo visual integra e multiplica o valor da marca, criando uma personalidade forte e consistente para o negócio.

Elisabete Yunomae, da  Visualitá Gestão em Design Estratégico:  Roupa com conceito multiplica o valor da marca e cria uma personalidade forte e consistente para o negócio"
Elisabete Yunomae, da Visualitá Gestão em Design Estratégico: Roupa com conceito multiplica o valor da marca e cria uma personalidade forte e consistente para o negócio" | Foto: Divulgação

Trata-se, assim, de uma confirmação do investimento que se faz em uma marca. "São vários os elementos que compõem uma identidade. Além da logomarca, a tipografia, os elementos utilizados nos materiais de comunicação, como a paleta de cores, as imagens, os ícones (peças on line e off line)", ensina. "E mais, dentro do ambiente: o design e a disposição das peças e do mobiliário, o piso, as paredes, o vestuário; e indo mais longe, o cheiro, o som e o tom da comunicação", ratifica.

Empresas com identidade

Com uma remessa de uniformes destinada a um cliente do setor agropecuário para Tapajós, no Pará, as sócias Elenice e Eliane Sedlmaier da empresa Top Brasil Uniformes, especializada em uniformes corporativos, demonstram que seus clientes estão em todas as regiões do País. A empresa londrinense atua há 25 anos e as sócias apontam que a adoção de uniformes representa seriedade para seus clientes, entre outros aspectos.

Hotéis, clínicas, restaurantes, óticas, escritórios de contabilidade, estão entre os segmentos atendidos pelas sócias. "De acordo com a região para onde vai o uniforme, é escolhido um modelo e composição, pois tudo é pensado com o cliente e também de acordo com o ambiente onde o colaborador atua - para que a roupa de trabalho seja confortável, segura e totalmente adequada", dizem. "Fazemos uma verdadeira consultoria, tanto no caso do uniforme corporativo social, como no industrial", destacam.

As sócias da Top Brasil contam também que o hábito de usar uma roupa padrão no trabalho disciplina o colaborador. "Temos muitas situações em que a pessoa chega na empresa que não tem uniforme, estava acostumada a usar e, pelas suas recomendações, convence a empresa a também ter um uniforme", afirmam. "E uma vez que a empresa adere ao uso, não abandona, pois percebe que a padronização da vestimenta representa organização, confiança e credibilidade", acrescentam.

Vestindo a camisa personalizada

A líder de Recursos Humanos Tatiana Wada Vieira Romanha trabalha em um escritório de advocacia em que toda a equipe administrativa usa a roupa fornecida pela empresa. "Sempre tivemos uniforme, mas em 2019 partimos para um outro conceito, que é o dress code, que traz em cada peça um conceito de elegância, de estar bem vestido", observa.

Tatiana Romanha, líder de Recursos Humanos: "Elegância, conforto e sentimento de pertencer à empresa"
Tatiana Romanha, líder de Recursos Humanos: "Elegância, conforto e sentimento de pertencer à empresa" | Foto: Divulgação

O traje social e adequado representa conforto para os colaboradores, identidade para a empresa. "É um investimento do escritório e todos reconhecem o cuidado da escolha, a qualidade das roupas e temos quatro opções que podem ser usadas livremente, nos dias de escolha do trabalhador", explica Romanha. "Orientamos para um tipo de calçado que seja confortável e valorize o dress code", reforça a líder.

A satisfação dos colaboradores é um feedback positivo no escritório. "Para nós, saber que estão felizes é importante e o padrão da roupa é também um item observado pelos clientes, pois notam que damos atenção aos detalhes e isso se reflete em nossos processos de trabalho de uma maneira mais ampla", afirma Romanha.

Quando a vestimenta informa valores e propósito

Com 25 anos de know-how e reconhecida no varejo pela inovação na moda feminina, há seis anos a empresária e estilista Silvia Dorè dedica seus conhecimentos à moda corporativa e já é uma referência de qualidade e bom gosto também nesse nicho de mercado. Com seriedade, especializou-se em transformar a cultura empresarial em vestimenta - capaz de comunicar valores e propósito.

Silvia Dorè: Know-how de 25 anos em moda e roupas de qualidade e confortáveis abriram mercado para a empresária
Silvia Dorè: Know-how de 25 anos em moda e roupas de qualidade e confortáveis abriram mercado para a empresária | Foto: Divulgação/Cristiano Nakajima

Com repertório, a empresária e estilista esmiúça: "Dress code, código de vestimenta, código visual ou capital visual são sinônimos que remetem ao significado de como somos vistos quando nos apresentamos profissionalmente. A maneira como estamos vestidos não só transmite uma imagem e forma um conceito, mas também promove uma conexão direta sobre o comportamento e a postura no ambiente profissional".

Dessa forma, considera ainda que o dress code promove autoestima, engaja colaboradores e dissemina comportamentos em sintonia com a reputação organizacional. E seu início nesse segmento se deu pela busca do cliente. Do primeiro aos dias de hoje, Silvia Dorè não prospectou. "Fui procurada por uma loja que buscava roupa boa e de qualidade para seus colaboradores e as indicações têm formado o meu portfólio." Paralelamente, segue no desenvolvimento e cocriação de coleções para o varejo da moda de marcas nacionais.

A estilista atribui tamanha credibilidade a tudo o que construiu no universo da moda nas mais de duas décadas de trabalho. "Conquistamos respeito pela atemporalidade da roupa e, ao mesmo tempo, por acompanhar o comportamento do que está acontecendo". Uma história construída e alinhavada. "Sempre investi na qualidade do material, na modelagem, na confecção e quem faz a minha propaganda é o colaborador", agradece.

Lisonjeada e ao mesmo tempo comprometida, Dorè recorda que diante da necessidade de seus primeiros clientes, foi em busca também de aprimoramento. "São clientes de diferentes áreas de atuação, então eu invisto o mesmo know-how da moda, mas com um olhar específico para o corporativo". A estilista considera que a roupa da empresa tem um significado a mais: "Vestimenta é CNPJ e deve estar alinhada à identidade da empresa", pensa.

Assim, de modo planejado e por meio de uma consultoria detalhada, Silvia Dorè e sua equipe realizam um trabalho personalizado para cada cliente. Clínicas médicas, setores administrativos de escolas, escritórios e trabalhadores que lidam diretamente com o público ganham roupa feita de acordo com a identidade da empresa e sua atividade. "É uma roupa planejada e isso tem impactos muito positivos no que refere ao endomarketing", observa.

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