Natal, confraternizações, ano novo, férias, impostos… O período de dezembro e janeiro acumulam gastos adicionais no orçamento e, para não começar o próximo ano acumulando dívidas, é necessário gerenciar suas finanças. Uma pesquisa feita pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) estimou que 39,5% dos brasileiros anotam seus gastos extras (festas, serviços estéticos, presentes, entre outros), mas somente 17% se preparam financeiramente para esse período do ano.

Imagem ilustrativa da imagem Você sabe o que fazer para não começar 2022 endividado?
| Foto: WireStock

Compreender quais são as dívidas e despesas para que elas não extrapolem o valor do salário é o primeiro passo para criar o hábito de planejar as finanças. Embora a princípio pareça algo burocrático, o professor de Administração e Ciências Contábeis da Pitágoras Unopar, Fábio Hermann, explica que é um processo necessário e que deve ser encarado com algo natural. ‘’Pode ser em uma planilha digital, aplicativos ou no caderninho, se organizar e deixar claro as despesas e rendimentos é possível entender o quanto sobra para gastar no fim de ano’’, explica.

LEIA TAMBÉM:

- Especialistas mostram como ter uma alimentação saudável em tempos de inflação alta

- Festas de fim de ano devem impulsionar consumo de carne suína

DICAS

O estabelecimento de gastos é importante, mas não é a única etapa. Muitas pessoas se deparam com a dificuldade em manter o fluxo de organização e em criar hábitos que permitam a continuidade da prática, principalmente com as facilidades tecnológicas e os apelos de consumo que surgem nessa época do ano.

Com alta demanda de anúncios nas redes sociais, as promoções de Natal, Ano novo e as tendências que mudam frequentemente surgem as compras por compulsão. Por isso, Hermann indica avaliar e refletir antes de comprar, evitando parcelamentos de compras não planejadas e até mesmo necessidade de obter o produto. Outro apontamento do professor para o período é o cuidado que se deve ter com a facilidade dos meios de transferência. ‘’Hoje temos pouca circulação de dinheiro físico, muitas transações são feitas por qrcode, pix. Então, se você não vê o dinheiro, é mais fácil de gastar’’, afirma, ressaltando a facilidade de um descontrole financeiro.

Essa reflexão deve começar o quanto antes: recebendo o 13º salário em novembro, lembre-se dos gastos fixos de janeiro. O primeiro mês do ano vem com renovações de matrículas, pagamento de impostos como IPTU e IPVA, material escolar, entre outros. ‘’Muitas vezes as pessoas já pensam em gastar tudo em presentes no Natal e em janeiro as finanças se agravam, então, recebeu o 13º? Pague suas dívidas’’, encerra Hermann.

*(supervisão de Patrícia Maria Alves/editora)

***

Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.