A UEL (Universidade Estadual de Londrina) iniciará o próximo ano com 100% das atividades presenciais, depois de quase dois anos de ensino remoto. O retorno das aulas ocorrerá no dia 24 de janeiro e será marcado pela volta de 13.314 estudantes de graduação à universidade.

Jovens que moram longe da família enfrentam o dilema de como  manter uma alimentação saudável em um cenário de alta do preço dos alimentos
Jovens que moram longe da família enfrentam o dilema de como manter uma alimentação saudável em um cenário de alta do preço dos alimentos | Foto: iStock

A medida fará com que vários alunos, que voltaram para suas cidades no começo da pandemia, regressem para Londrina para continuar os estudos.

Nessa nova fase, os mais de 6.000 graduandos, que não são do município, voltarão a morar sozinhos e terão de enfrentar alguns desafios. Um deles será manter uma alimentação saudável em um cenário de alta do preço dos alimentos.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL:

Para auxiliar nessa tarefa, a nutricionista Danielle Schmidt deu algumas dicas. “Na adolescência é muito importante ter uma dieta saudável para o bom desempenho nos estudos e no trabalho, uma alimentação balanceada melhora a concentração e o desenvolvimento, que vai até os 21 anos”, disse.

A nutricionista Danielle Schmidt
A nutricionista Danielle Schmidt | Foto: Divulgação

Danielle acrescentou que industrializados, como fast-food, congelados e produtos prontos, devem ser evitados: “esses alimentos não possuem nutrientes e, por outro lado, têm uma alta quantidade de sódio”.

A nutricionista também deu dicas para construir uma dieta: “Antes de buscar uma alimentação saudável é preciso ter organização.” Um método apontado por Danielle é o do preparado dos alimentos no domingo e separá-los em marmitas para serem consumidas durante a semana. “Tendo essa rotina, o jovem pode manter uma alimentação saudável e prática”, comentou.

Para as marmitas é importante a presença de carboidratos, como arroz, batatas e mandioca, verduras ou legumes e como opção de proteínas ovo, frango e sardinha em óleo são ótimas escolhas tanto pelo valor nutritivo como para o bolso.

Danielle também frisou a importância de manter a hidratação com bastante água e consumo de quatro refeições por dia, como alternativa sugeriu frutas e alimentos secos, como sementes de girassol e abóbora que: “são mais acessíveis e fáceis de levar para o trabalho ou faculdade.”

CONSUMO CONSCIENTE

Na hora de ir às compras, o economista Marcos Rambalducci dá algumas dicas. “Pesquisar o preço da cesta básica é essencial, o consumidor deve sempre estar atento aos valores para escolher o melhor lugar de ir às compras”, disse.

Marcos Rambalducci: “O consumidor não deve se ater apenas ao produto, mas sim ao preço dele, e, quando possível, substituir o artigo por um mais barato”.
Marcos Rambalducci: “O consumidor não deve se ater apenas ao produto, mas sim ao preço dele, e, quando possível, substituir o artigo por um mais barato”. | Foto: Divulgação

O economista afirmou que a alta dos alimentos, de 14,9% na comparação de outubro de 2020 com outubro deste ano, é decorrência da demanda mundial por alimentos produzidos aqui e pela desvalorização do real frente ao dólar. O clima foi outro fator que influenciou a alta dos preços, como a cana-de-açúcar, que impactou diretamente no bolso do consumidor.

Além da pesquisa de preços é sempre importante estar atento ao valor dos produtos sazonais. Alguns produtos tem seus preços afetados em certos meses do ano, é o caso da batata e da banana que variam bastante conforme a época. Para evitar isso, Rambalducci afirma: “O consumidor não deve se ater apenas ao produto, mas sim ao preço dele, e, quando possível, substituir o artigo por um mais barato”.

Outra dica importante são as promoções em alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, açúcar e café, onde o consumidor pode aproveitar a baixa nos preços para fazer um estoque desses produtos em casa.

REFEIÇÃO NA UEL:

O Restaurante Universitário também será outra opção para o estudante que deseja fazer uma refeição saudável. Ele será reaberto com o retorno das aulas presenciais com capacidade total oferecendo almoço e jantar.

O valor da refeição é de R$4,70 para os alunos da universidade e R$15,00 para pessoas que não fazem parte da comunidade acadêmica. Desde 2018, os créditos para as refeições são obtidos apenas via cartão de débito ou crédito nos pontos de autoatendimento do restaurante ou no portal do estudante.

*Com supervisão de Patrícia Maria Alves / editora

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