Os engenheiros Gilberto Guilhen e Ruy Leite desenvolveram o Safe Building para inspeções e  manutenções em edifícios
Os engenheiros Gilberto Guilhen e Ruy Leite desenvolveram o Safe Building para inspeções e manutenções em edifícios | Foto: Anderson Coelho



Os engenheiros civis Gilberto Guilhen e Ruy Leite se apropriam das ferramentas de alta tecnologia para aumentar o desempenho das inspeções prediais. Eles desenvolveram o Safe Building, um produto que agrega em um software de gestão as inspeções e as manutenções de edifícios.

A empresa utiliza drones para inspeção de fachada, reduzindo o tempo e o risco de ter um profissional fazendo rappel. Também usa equipamentos de ponta para identificar zonas de calor para a inspeção da parte elétrica, outro que identifica o percentual de umidade na parede, vazamento de gás. "Hoje, não dizemos mais 'acho que tem vazamento' de água ou gás. Afirmamos com dados que tem e onde tem", explicou Leite.

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ECONOMIA
Segundo os sócios, com o software os síndicos conseguem economia de 5%. Com o programa, é possível agendar manutenções e ter na nuvem todas as documentações exigidas. "Há carência no mercado de uma gestão mais eficiente e com informações claras e confiáveis", afirmou Leite.

Por enquanto, os clientes ainda são empreendimentos prontos, mas os sócios afirmam que a tecnologia pode ser adotada em qualquer fase da construção. "Você pode acompanhar a obra antes da entrega das chaves e já traçar os planos de manutenção. Já vai criando o histórico do condomínio", disse Guilhen.

Leite acredita que a industria vai incorporar as novas tecnologias aos poucos, iniciando pelas áreas de acabamento e recreação. "Mudar a característica do material é difícil. A indústria da construção civil não arrisca. Demorou para se confiar no drywall, por exemplo.", lembrou.
A engenheira civil Vivian Emilie Costa e Silva criou a plataforma Construtroca. Quem está construindo ou reformando pode, por meio da plataforma, colocar à venda, para troca ou doação, o material que está sobrando, com por exemplo, cimento, piso, areia.

"Você valoriza o resíduo e evita desperdício de recursos naturais", comentou Silva. Por enquanto, apenas consumidor final está utilizando a plataforma. Mas há um mês, a empresa abriu para construtoras e depósitos de materiais para testar o mercado. (A.M.P)