A Prefeitura de Londrina anunciou a suspensão da 60ª edição da ExpoLondrina, marcada para o período de 9 a 19 de abril, em razão do risco de propagação do coronavírus. A medida foi comunicada pelo prefeito Marcelo Belinati durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (16) e, por ora, é uma recomendação, mas que deverá ser expressa em decreto a ser publicado pelo Executivo. O presidente da SRP (Sociedade Rural do Paraná), Antonio Sampaio, confirmou a suspensão, mas ainda aguarda a oficialização da decisão.

Imagem ilustrativa da imagem Prefeitura anuncia suspensão da 60ª ExpoLondrina
| Foto: Arquivo FOLHA

Belinati falou em uma “segunda data”, mas Sampaio adiantou que encontrar uma nova data para a realização da feira agropecuária é “impossível” e a 60ª edição deverá ficar para o ano que vem. “(Adiar para outra data) É uma coisa complexa e muito trabalhosa. Não tem como reconstruir uma fatura dessa em alguns meses. Não é possível, seria uma irresponsabilidade nossa dar uma nova data. Quanto tempo vai levar para acabar o surto? A 60ª edição vai acontecer em outro ano, não neste”, afirmou o presidente da SRP.

O dinheiro recebido com a comercialização dos espaços e com a venda antecipada de ingressos deverá ser devolvido. “É um trabalho complicadíssimo porque muitas pessoas parcelaram a compra dos ingressos no cartão. Um grupo de estudos vai ter que sentar e avaliar, o nosso jurídico precisa analisar. Mas vamos devolver o dinheiro para todo mundo.”

Segundo Sampaio, a decisão não foi tomada pela Sociedade Rural. “Ele (prefeito) entende que é um problema fazer. Vamos aguardar até amanhã cedo o decreto. Para cancelar, precisamos de uma ordem das autoridades.”

Na coletiva, entretanto, o prefeito afirmou que o cancelamento teria sido um consenso entre todos os diretores da Sociedade Rural. “(A diretoria) Em conjunto com a Prefeitura de Londrina, nós entendemos que é o melhor caminho suspender a exposição agropecuária”, declarou Belinati.

Sobre os prejuízos decorrentes da medida, Sampaio disse que os valores ainda não foram calculados. “Vamos sentar a partir disso (decreto) para colocar no papel. É um trabalho longo, complicado, tem que ver cada caso. Vai demorar para avaliar isso aí”, adiantou. “Mas precisamos do decreto para poder tomar todas as decisões.”

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