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Economia 5m de leitura

Londrinenses estão com mais dificuldade para sair da inadimplência

Em setembro, 30% menos consumidores conseguiram pagar ou renegociar suas dívidas, aponta Acil

ATUALIZAÇÃO
03 de outubro de 2020

Simoni Saris - Grupo Folha
AUTOR

Os indicadores do Sistema de Proteção ao Crédito da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) apontam uma dificuldade maior dos londrinenses de limparem o nome. Em setembro, 30% menos consumidores conseguiram pagar ou renegociar as dívidas que os levaram para o cadastro de inadimplentes, na comparação com o mesmo mês de 2019. A situação foi mais acentuada em julho, quando o número de pessoas que deixaram o cadastro caiu pela metade.  

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Na média do ano, 31% menos consumidores conseguiram retirar seus nomes do cadastro de maus pagadores. Por outro lado, o percentual de pessoas que ingressaram na lista de inadimplentes em setembro é menor na comparação com igual mês do ano anterior, com 28% menos inclusões na listagem. Desde janeiro, este indicador recuou 38%, segundo os dados da Acil. 

“A situação é pior quando as vendas são ruins. Tem poucas pessoas limpando o nome”, disse o economista e consultor econômico da Acil, Marcos Rambalducci, ressaltando que os dados refletem a realidade de 60 dias atrás. O consumidor que teve o nome incluído no cadastro de inadimplentes em setembro deixou de pagar uma dívida contraída em julho. Os próximos indicadores, afirmou o economista, deverão apontar uma tendência de melhora. 

“Os indicadores de otimismo aumentaram em todos os setores, estão positivos e o mesmo deve acontecer com o consumidor final. As pessoas estão conseguindo emprego, há uma perspectiva de melhora e há um desejo por consumo”, disse Rambalducci. A retomada com mais força do comércio, a necessidade de acesso a crédito para poder comprar a prazo e o pagamento do 13º salário, enumerou o economista, devem contribuir para melhorar os indicadores da Acil nos próximos meses. “A entrada do 13º facilita fazer a negociação das dívidas. Sabemos que os brasileiros, historicamente, usam 50% do benefício salarial para quitar débitos e há ainda uma necessidade de dar vazão ao ímpeto do consumo.”  

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