Dia da Saul Elkind agita a principal via comercial da zona norte
Iniciativa faz parte do Programa Empreender, da Acil, e é organizada pelo Núcleo Saul Elkind + Forte; objetivo é estimular o comércio local
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sábado, 23 de novembro de 2024
Iniciativa faz parte do Programa Empreender, da Acil, e é organizada pelo Núcleo Saul Elkind + Forte; objetivo é estimular o comércio local
Simoni Saris - Grupo Folha

Por meio dos núcleos de rua, a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) desenvolve projetos de fortalecimento dos comércios e serviços locais. Um sábado por ano, a entidade empresarial promove ações para atrair o público para algumas das vias mais importantes da cidade. Em julho, o evento aconteceu na avenida Duque de Caxias, em agosto, no Calçadão, em setembro foi a vez da rua Sergipe (todas localizadas na região central) e, neste sábado (23), o Dia da Saul Elkind movimentou uma das principais avenidas da zona norte.
A iniciativa faz parte do Programa Empreender, da Acil, e é uma mistura de promoção de vendas com atividades recreativas e culturais e a oferta de serviços gratuitos à comunidade por meio de parcerias firmadas com organismos públicos e privados, entre eles, instituições de ensino superior. "Existe uma importância muito grande de fortalecer os comércios locais. Fazemos um trabalho já há alguns anos de produção e incentivo de núcleos de rua e os resultados têm sido excelentes", avaliou o diretor institucional da Acil, Gerson Guariente.
Um exemplo do resultado do trabalho de associativismo, destacou ele, é a revitalização da rua Sergipe, com a adequação das calçadas, do mobiliário urbano, da iluminação e do paisagismo, mas Guariente cita também a importância da mobilização associativa na recuperação da credibilidade dos núcleos de rua, que de forma organizada conseguem resolver problemas pontuais que beneficiam toda a coletividade.
"O trabalho nosso é estabelecer um programa de núcleos de rua e tem uma metodologia para ser seguida. A gente fornece uma equipe para ajudar a fazer com que os núcleos se organizem e o trabalho nosso, como instituição, é conectar todo mundo nesse trabalho", explica.
Na zona norte, a realização das ações fica sob a competência do Núcleo Saul Elkind + Forte, que além da Acil, conta com a parceria de outras entidades, entre elas, a Acirenor (Associação do Comércio e Indústria da Região Norte de Londrina) e a Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná).
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MAIOR AVENIDA DE LONDRINA
A Saul Elkind é a maior avenida de Londrina em extensão. De ponta a ponta, são 8,6 quilômetros ao longo dos quais se concentram 430 empresas. É ela o coração da região conhecida como Cinco Conjuntos e onde vive uma população de cerca de 50 mil habitantes, um contingente populacional que supera o de muitos municípios paranaenses.

Coordenador do Núcleo Saul + Forte e proprietário de uma loja instalada há duas décadas na avenida, Antônio Fernandes Barbosa avaliou positivamente o evento. "Esse é o primeiro Dia da Saul e superou todas as nossas expectativas e percebemos que vieram muitas pessoas de outras regiões da cidade, não só da zona norte. A ideia é começar a impulsionar as vendas de Natal, mas também resgatar a autoestima dos moradores e dos comerciantes. O consumidor, de forma geral, mudou. Temos que sair das quatro paredes e trazer uma experiência de compra diferente", disse ele, que já planeja outros eventos, como uma prova pedestre em comemoração ao Dia do Trabalho, em maio de 2025. "A Saul já é forte, mas podemos fortalecê-la ainda mais."
PROJETOS DA UEL
A UEL (Universidade Estadual de Londrina) levou para a avenida os seus projetos de extensão. Foram montadas no local 25 tendas para levar orientações e oferecer serviços à comunidade externa em várias áreas do conhecimento.

Um dos espaços mais disputados era o dedicado às práticas integrativas, com atendimento em aromaterapia e auriculoterapia. O serviço é oferecido à comunidade interna do HU (Hospital Universitário), mas eventualmente ganha às ruas e chega a toda a população, como neste sábado. A receptividade, segundo a enfermeira Margarete de Araújo Andrade, chefe da Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade da UEL, é sempre muito boa. Em uma hora de atividade, 55 senhas já haviam sido distribuídas e os interessados não paravam de chegar.
"É uma divulgação que a gente faz dos trabalhos desenvolvidos com os funcionários do HU para aliviar o estresse, diminuir a dor. E em todos os eventos, a gente vem. Aqui, é uma amostra do nosso trabalho", explicou Andrade.
A aposentada Maria Aparecida Vieira aguardava pacientemente a sua vez de receber o atendimento dos terapeutas. Ela sofre com as dores provocadas pela osteoporose e viu nas práticas integrativas uma possibilidade de conseguir um alívio sem precisar recorrer aos medicamentos. "Moro aqui na região, estava passando e vi que tinha esse atendimento, resolvi experimentar. Tenho muitas dores, dói tudo, do pescoço até os pés. É muito ruim viver com dor. Fiquei curiosa com esse tratamento", contou.

A diretora de escola Patrícia Estralioto também chegou ao estande das práticas integrativas, mas antes passou por vários outros e elogiou a iniciativa que aproxima a universidade da população em geral. "Eu acho muito legal esse tipo de atividade porque muita gente não tem conhecimento. Vivem várias situações e acham que é normal, não buscam alternativas. Aqui, é uma exposição de tudo o que é feito", comentou.
COMBATE ÀS FAKE NEWS
O Departamento de Saúde Coletiva da UEL levou para a Saul Elkind dois projetos: o Safety, de combate às fake news, e o PET Saúde Equidade. Do primeiro projeto faz parte um jogo de tabuleiro chamado Trilha da Ciência para ensinar adolescentes e adultos a reconhecerem e combaterem as fake news. Só consegue percorrer todo o caminho que vai do abismo das notícias falsas até a Floresta do Conhecimento quem não cai em fake news e nem nega as vacinas.
Vinculado ao governo federal, o projeto Saúde Equidade atua no enfrentamento de fobias, preconceitos, capacitismo, etarismo, aborda questões de identidade de gênero, étnico-raciais, violência, saúde mental e trata do processo de maternagem, com atividades voltadas não só a mulheres, mas a todas as pessoas que gestam.
"Trabalhamos pela valorização dos trabalhadores e realizamos ações para reduzir e enfrentar iniquidades, principalmente no ambiente de trabalho desses trabalhadores no sistema de saúde", ressaltou a docente do Departamento de Saúde Coletiva da UEL e coordenadora dos dois projetos, Marselle Carvalho.

