Imagem ilustrativa da imagem Com pães e laticínios, loja consegue liminar para reabrir em Londrina
| Foto: Luís Fernando Wiltemburg

Com duas lojas no Centro e uma na Avenida Saul Elkind, em Londrina, a Super Real Lar conseguiu liminar para voltar a funcionar durante a quarentena imposta como forma de conter a proliferação do coronavírus. O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Marcos José Vieira, considerou que o estabelecimento funciona com produtos considerados essenciais, como alimentos e bebidas, e que a restrição à abertura ao público afrontaria, “a um só tempo, os princípios constitucionais da isonomia, da livre concorrência e da liberdade do exercício de atividade econômica”.

A liminar foi concedida nesta terça-feira (7) pela manhã e, à tarde, as lojas voltaram a abrir. “Nós vendemos pães, bebidas, perecíveis. Só não podíamos funcionar porque não tínhamos a palavra ‘supermercado’ no nosso alvará”, diz o gerente proprietário do estabelecimento, Alex Sandro da Silva, ao justificar o motivo de recorrer à Justiça para voltar a receber clientes.

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Silva afirma que precisou correr atrás da liminar pensando na receita da empresa. “Ficamos 20 dias parados e consegui pagar todas as contas e salários. Mas 70% dos nossos produtos são alimentos, temos laticínios e pães, que vencem rápido. Estamos fazendo promoção do que está próximo da data de vencimento. Mas fico pensando em como se sustentarão outras lojas, de outros ramos, que não podem abrir”, diz.

Ele também considera que os preços populares, entre R$ 1 e R$ 5, têm um papel importante neste momento em que as pessoas estão perdendo renda ou até mesmo empregos devido à desaceleração econômica provocada pelo isolamento.

Quem passa pelo estabelecimento, entretanto, vê na hora a diferença em relação aos tempos pré-isolamento social. Antes lotada, as unidades do Centro permaneciam com poucas pessoas fazendo compras na manhã desta quarta (8). O número de pessoas nas lojas é limitado de 20 a até 30 pessoas ao mesmo tempo, dependendo da área da loja.

As medidas de segurança exigidas de supermercados também foram adotadas. Há marcações no chão para manter a distância entre os clientes e, na entrada, há higienização dos consumidores e das cestinhas e carrinhos.

De passagem pelo Centro para pagar contas, Sandra Bergossi aproveitou para comprar pães e outros produtos na loja. Conrfima as medidas de segurança adotadas pelo estabelecimento, como distanciamento e higienização, e se mostra preocupada com as consequências do novo coronavírus. “Na minha casa, só uma pessoa vai ao supermercado. Fui na semana passada e não precisarei até a semana que vem. Nós temos de nos cuidar e espero que o comércio fique fechado. Quem vai comprar móveis ou roupas neste período? E vai comprar roupa para ir aonde?”, questiona.