Após reunião, empresa se compromete a iniciar construção da Cidade Industrial de Londrina

Depois que a FOLHA mostrou o atraso nas obras de infraestrutura da Cidade Industrial, na zona norte de Londrina, a Construtora Squadro, de Curitiba, se reuniu com representantes da Secretaria Municipal de Obras e se comprometeu a iniciar o serviço. O compromisso vem após uma notificação emitida na última terça-feira (9) pela prefeitura depois que fiscais constataram "a inexistência de máquinas e operários". No local, a reportagem encontrou muita sujeira e mato alto.

De acordo com o secretário responsável pela pasta, João Verçosa, "a estrutura para começar os trabalhos deve ser montada hoje (quarta). O início é devagar mesmo, primeiro pela topografia e depois a abertura das ruas, seguindo pelas outras etapas previstas no contrato. Quando chove, complica tudo". A Squadro vai receber quase R$ 24 milhões pelo cercamento, infraestrutura urbana, construção de rede de galeria pluvial, saneamento básico, iluminação pública com LED e instalação de rede de energia elétrica.

A ordem de serviço foi assinada entre as duas partes no dia 20 de novembro. De lá para cá, houve muitos obstáculos burocráticos que atrapalharam o início da construção. Na resposta da notificação, a Squadro alegou que recebeu projetos incompletos da secretaria. Verçosa reconheceu o problema. "Até corrigirmos isso, demorou um pouco. Tem que levar em consideração que janeiro choveu bastante, que também foi um impedimento. O importante é que as pendências foram resolvidas", informou.

Segundo o acordo firmado com a construtora, a infraestrutura do loteamento deve ser entregue até maio de 2022. "Acredito que esse prazo será cumprido", comentou o secretário. A Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) estima comportar até 90 empresas em um espaço de mais de 1 milhão de metros quadrados.

A Cidade Industrial é um desejo antigo do empresariado londrinense. Com a proposta saindo do papel, o objetivo é reverter o baixo índice de industrialização de Londrina, como apontou balanços recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O balanço identificou a perda de quase mil vagas de emprego no município.