Doceiro de carteirinha que sou, não resisto a uma sobremesa. Melhor dizendo, a um chocolate. É das minhas fraquezas. Um bombom após o almoço, por exemplo, é fundamental para que o dia e o trabalho rendam com mais eficácia. Da mesma forma que um chocolatinho de noite já me tira o sono da madrugada. De qualquer forma, é impossível dissociar o chocolate da minha rotina alimentar. Sou chocólatra assumido. E preciso compartilhar com vocês uma das delícias que não me saem mais da memória afetiva.

Dia desses fui dar aula particular a uma de minhas alunas, Anna Victória Brunello. Já dei aula de filosofia para ela em uma escola regular e, há quase dois anos, acompanho-a semanalmente na redação. É a mãe dela, Fernanda Spagnuolo Brunello, quem me mima com cafezinhos e bolos, os mais deliciosos que ela faz. Desta vez, entretanto, foi minha própria aluna quem preparou uma delícia para degustarmos durante a aula. Não tive escolha, a não ser repetir.

Quando cheguei, deparei-me com uma adaptação de palha italiana. Que delícia! Uma mistura de brigadeiro com bolacha maisena polvilhada com leite ninho. Tem como ficar ruim? Não! Tanto que repeti. E não repeti apenas ali, na rápida uma horinha de aula. Quando cheguei em casa, precisei fazer! Sim, fiz para levar numa reunião de uns poucos amigos e fiz para meus pais e minha irmã. Obviamente as receitas também ficaram muito gostosas. Sei que deve haver jeitos diferentes (e, talvez, mais originais) de se fazer uma palha italiana, mas, a adaptação ficou sensacional.

Ao mesmo tempo, recordei-me de outra palha italiana, desta vez feita pelo meu afilhado João Pedro Fabrini. Anos atrás, quando ele devia ter seus 14 ou 15 anos, preparou uma dessas iguarias num jantar de Ano Novo, que passei com a família dele, na chácara deles próxima a Londrina. Na ocasião, o preparo foi do jeito que manda o roteiro: cortou em quadradinhos quase uniformes e deixou em pedaços para a degustação, um pouco diferente da forma com que experimentei desta última vez e que você pode conferir na foto.

Não importa o formato. Qualquer dos dois é delicioso, do mesmo jeito. O problema é que, agora, ficam nas lembranças e, normalmente, são difíceis de se repetirem. Quem sabe, sem qualquer interesse, eu convide um dos dois para preparar a palha italiana no Multi Chef? Afinal, ninguém ainda fez esse doce, que eu tenho certeza que seria um sucesso entre os espectadores. O que você acha?