O Paraná das vinícolas precisa ser conhecido

Que o Brasil é referência mundial na produção de espumantes, isso eu já sabia faz tempo. O Rio Grande do Sul desponta como polo dessas pérolas premiadas internacionalmente. Entretanto, o que eu desconhecia era que o Paraná tem joias preciosas, pertinho de Curitiba. Mais precisamente em Colombo, na região metropolitana da capital, na Vinícola Franco Italiano. O fato é que o estado produz apenas 1% de todos os vinhos brasileiros, mas, entre eles, estão alguns bem ranqueados e premiados. Dois são os exemplos: Sincronia Brut e Sincronia Rosé Brut, que eu recebi recentemente em minha casa.

Fiquei surpreso com o presente enviado pela vinícola. Não conhecia a casa, que recebe turistas para visita guiada e degustação e jamais imaginei que rótulos paranaenses haviam sido premiados com medalha de ouro no 12º Concurso do Espumante Brasileiro, além de que os dois espumantes também levaram, em 2021, medalhas grande ouro no Wines of Brazil Awardes. Em 2020, por exemplo, a Vinícola Franco Italiano dividiu o primeiro lugar, na categoria de vinhos cabernet sauvignon, da Grande Prova de Vinhos do Brasil, com a Vinícola Araucária. Esse, particularmente, ainda não conheço nem degustei.

Por enquanto, experimentei apenas o Sincronia Brut. Era a ocasião de uma comemoração de formatura de uma comadre. Elaborado com uvas chardonnay dos vinhedos da vinícola, em Guaporé (RS), tem uma coloração dourada e um bouquet frutado. Diferentemente dos bruts mais fortes, em vez de explodir no paladar de maneira agressiva, preenche-o de forma muito delicada e deliciosa. Não é amargo a ponto de torcer o nariz dos menos acostumados, mas, apresenta-se com aromas que lembram frutas e flores. Vale a pena experimentar e repetir a degustação.

Não tenha dúvidas de que, tão logo eu experimente o Sincronia Rosé Brut, volto aqui escrever para contar como foi a experiência. Agora, fiquei com vontade de fazer um tour pela vinícola. Já fui ao Rio Grande do Sul, parada obrigatória dos amantes de vinhos e onde há inúmeras casas para serem visitadas e vinhos para serem degustados, mas, preciso dar um pulo em Colombo. Aqui em Apucarana, conheço a vinícola Casa Carnasciali e ainda não visitei, mas, sei que tem a Vinícola La Dorni, em Bandeirantes, que também preciso visitar. Sem contar a vinícola Guaravera, que é reconhecida na produção de vinhos suaves. É o Paraná despontando não numa grande quantidade de produção de vinhos e espumantes, mas, em bebidas de qualidade.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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