Homus de cara nova
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quinta-feira, 12 de abril de 2018
Marcos Roman<br>Reportagem Local
Prato típico do oriente médio, o homus conquistou também o mundo ocidental como referência quando o assunto é sabor e nutrição. Rica em fibra e proteínas, a receita milenar preparada com grão de bico e pasta de gergelim (tahine) é perfeita para ser consumida como aperitivo e também como acompanhamento de carnes e peixes. Novidade é que a iguaria árabe acaba de ganhar novas versões que substituem o grão de bico por feijão-preto e sementes de abóbora, ervilha e ervas verdes, ou ainda feijão-manteiga, amêndoa e alecrim.
As novas receitas foram criadas por Anna Jones, cozinheira britânica e pupila do famoso chef inglês Jamie Oliver, que acaba de lançar o livro "Um jeito moderno de comer", publicado da Editora Alaúde. Dentre os ingredientes usados por ela nas adaptações do homus estão o brasileiríssimo feijão preto e até mesmo a ervilha. "Quem disse que não se pode fazer homus com ervilha? Espalhe-a sobre uma bruschetta ou finalize um simples risoto; as sobras podem até mesmo ser misturadas ao macarrão. Esta receita as crianças adoram. Às vezes adiciono um abacate para ter um pouco mais de cremosidade", ensina a cozinheira.
Novidades à parte, a origem do homus ainda continua incerta. Já o local de surgimento do prato é certamente o Oriente Médio. Acredita-se que a receita tenha surgido com os egípcios através da mistura do grão com vinagre, que formava uma pasta que após ser aprimorada acabou resultando no homus que consumimos atualmente.
A autoria da receita é disputada entre árabes, judeus e turcos. Já a primeira menção ao prato foi feita por Platão e Sócrates em aproximadamente 400 anos a.C, quando os filósofos enalteciam as qualidades do grão-de-bico para a saúde.
Pobre em calorias e rico em nutrientes, o grão de bico, principal ingrediente de homus contém vitaminas e minerais como ácido fólico, zinco e magnésio. Também possui fibras que ajudam na redução do colesterol, além de ser fonte importante de proteínas, potássio, fósforo, cálcio, vitamina A e ferro. Já a pasta de tahine usada no preparo da receita é rico em ômega 6 e ácido graxo, importante para reduzir o colesterol ruim (LDL) do sangue. O alimento também reúne importantes antioxidantes que ajudam a combater a ação dos radicais livres que atacam as células e causam doenças e o envelhecimento precoce.