Um cafezinho sempre vai bem, certo? Melhor ainda se for ao redor da mesa, rodeada de grandes amigos e boas companhias. Tomar café é um hábito, um costume. Algo que se aprende, que se aprecia. Eu, por exemplo, não era um tomador de café. Detestava, na realidade. Até que fui trabalhar numa redação de jornal e numa escola, cujo item obrigatório e comum entre jornalistas e professores é, justamente, uma garrafa de café.

O café se transformou numa necessidade: de manhã cedo, depois do almoço, numa reunião de negócios, no fim da tarde, depois da janta e, obviamente, em seguida ao vinho (ou ao licor, quando tem). Também por isso, agreguei ao cafezinho algumas das melhores companhias que um padrinho pode ter: a dos afilhados. E, consequentemente, dos compadres. Ao todo, são sete afilhados de crisma, um de batismo (o Gregório, no entanto, ainda não chegou a esse estágio; está apenas no leite, por enquanto) e um tanto de casamento que eu já perdi a conta.

Não é possível que não tenha ninguém que não possa, de vez em quando, tomar um cafezinho comigo, né? Ainda bem que boa companhia para um bom café não falta! A comadre Cibela Okano sempre tem a mesa pronta para um delicioso café. Lá já aproveitamos para colocar as notícias em dia, para fazer planos, para partilhar sobre coisas de Deus. O Ruan sempre está pronto para um frapuccino depois da academia. Junto com ele, o Luigi, o Mateus e o Lucca topam sempre um coadinho antes de voltar para casa, depois de algum rolê qualquer.

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. | Foto: Fábio Luporini/ Divulgação

Não posso me esquecer dos grandes alunos, aos quais dou aula particular de filosofia, sociologia ou redação: no Marcelinho sempre tinha um cafezinho em meio às apostilas, assim como na Thaís. Na Anna Victória, a tia Fernanda faz questão de, junto do café, servir um pedaço de bolo daqueles que ela faz pra vender: maçã, banana, fubá, limão, doce de leite e o chocolate com muita cobertura, o preferido desse chocólatra aqui.

O casal de amigos-afilhados Karina e Rubens, que vive em Portugal, veio de lá para tomar um cafezinho por aqui. Aliás, quando ele me acompanhou por Lisboa durante minha Eurotrip alguns anos atrás, cada esquina tinha um cafezinho diferente. Podemos, aqui no Brasil, até ser o maior exportador da bebida no mundo e o segundo maior mercado consumidor de café. Todavia, o café é uma instituição internacional. Um costume e um hábito que atravessam fronteiras, que vão além-mar.

O circuito londrinense de cafeterias, cafés especiais e artesanais me ensinou a apreciar a bebida sem açúcar, sentindo sabor e aroma. É diferente! E aí, vai um cafezinho?